EU VOU LHE AMAR
Minha querida! Hoje, bem cedo ainda com a aurora desbravando entre as montanhas longínquas no horizonte, lembrei-me de você e de toda exorbitância que acode o meu pensar ao observar que posso lançar a minha vinculação amorosa em seus sonhos. Espero que me compreenda ao ler estas pequenas letras com frases e orações bailadas nas produções do que posso imaginar de você e ofertar nesta digitada alegria dos seus olhos ao ler. Não é cantada ou muito menos uma escrita inundada de lábias com apresentações de querer convencer com palavras o sentimento que sinto. Não tive oportunidade de lhe falar ou o tempo não reservou com unanimidade o que tanto era possível lhe dizer. Não, não houve tal certame capaz de elucidar naquela hora as minhas suaves pretensões. Creio, que não será o bastante esta carta para aperfeiçoar na espécie o meu interesse que se abateu em sua alma. Ali, na avenida passando no trânsito agitado, com tantos engarrafamentos, tive a oportunidade de avistar o seu semblante pelos óculos escuro através do vidro do automóvel, acionando o comando elétrico para melhor visualidade. Foi naquele momento, em que os meus lábios se abriram e os meus olhos se curvaram perante os seus, enquanto o sinal verde brilhava, e você não conseguia manobrar pela lateral direita da Avenida Niemeyer. Tudo isso foi motivação inovadora que se prolongou quando concebi o descaminho do meu trajeto ao centro da cidade. Os dias se passaram, e eu não perdi as esperanças de olhar novamente as chamas dessa ventura que não cessa em meus pensamentos. Eis o motivo de escrever esta carta domada sem excesso, bem lançada e entregue no meio do trânsito alucinado do Rio de Janeiro na segunda oportunidade de estarmos juntos no mesmo trajeto e velocidade constante na Avenida do Aterro do Flamengo. Entendo as circunstâncias das horas e a falta do tempo que toma os respingos de sua vida. Aliás, nesse momento de agitações, vou continuar meditando, pouco importa a declaratória do meu ato na composição amigável destas linhas. Consequentemente, eu estarei na margem indispensável das suas imaginações a qualquer hora mesmo sem habilitação dos seus desejos que outrora faz arrepio nas minhas veias. Você bem sabe que mesmo ultrapassada as formas de comunicação por cartas nesta contemporaneidade, onde os emails, msn, orkut, celular, skype ou outros meios de difusão jamais ultrapassaram as mensagens por cartas. E no caso, é fortemente o meio de lhe entregar esta mensagem do fundo do meu coração que se abre na mesma ordem de uma visão futura. Apesar de não saber o destino e nem para onde vais e tão pouco o número do seu telefone, seria deselegante outra forma para chamar à sua atenção no meio do trânsito, não resta outra e a última opção entregar no momento do sinal vermelho esta correspondência ou intimação pessoal para o amor. O meu nome é o nome do amor na qual escrevo com suavidade estas palavras formando o melhor colegiado entre os desenhos de sentimentos, na continuidade que me declaro que gostei de você. E ainda reabro de igual forma esta assertiva de que você também foi ventilada pelos brilhos dos meus olhos para unir naquele momento inoportuno do trânsito as asas desse futuro e adocicada candura. Como lhe falei antes, não tenho a mínima intenção de ferir ou ser ferido nas pretensões em que busco ou buscamos o agasalho de estarmos sonhando em plena luz do dia nesta cidade Maravilhosa. Chamo-te de "amor" ou "meu amor", e compreendo que não haverá nenhum empecilho nesta grandeza que se espalha entre nós. E também, não obstante, eu não vi o seu corpo e nem imaginei a naturalidade da sua voz. Porém, com o brilho da sua face espelhada entre os vidros do auto, pude ter a certeza que és a flor que se abrem em lindas pétalas. Quem sabe! Poderei ser o melhor jardineiro amando você e terás as mesmas possibilidades de desfrutar em minha pessoa o sentimento desmedido. É evidente, que não será o corpo a maestria desse encantamento e tão pouco a beleza para comportar todas as aspirações. Às vezes olhamos e não sentimos, e o melhor é que sentimos e nos olhamos dentro da mesma dualidade, fora tudo dual sem meu convencimento. Por outro lado, espero que leia esta missiva. Pense e mergulhe nas brincadeiras em que as palavras são capazes de nos fazer amar, relendo mais de uma vez esta carta. Oportunidade, em que esta foi escrita durante o tempo necessário para imaginar você ao meu lado. Saibas que passei horas e horas relendo este pequeno escrito, e arquitetando como seria você. Obviamente, não será agora, portanto, que devo dizer o quanto admiro você, mais posso garantir com a minha voz na transmissão dessa escrita que foi um amor à primeira vista em pleno trânsito da bela Cidade Maravilhosa. Sem delongas, aguardo contato no meu Msn, Skype - Box ou no meu celular nº 021 – 8773xxxx, e quem sabe se estiveres com a mesma intensidade e finalidade que eu, possamos nos encontrar no Barramares à noite na Av. Sernambetida ou talvez numa balada do Rio Night. Somente assim, poderemos atingir essa primeira audiência pessoal, mesmo que não tenhas um tempinho, esse tempo será marcado em sua mente com a minha presença. A propósito, eu não sei o seu nome, também não demonstro curiosidades para descobrir, deixo na manifestação das almas e no reflexo lançado naquele único dia no trânsito. Aproveitando o ensejo, você é bela mesmo e faz majoração acarretar dentro de mim numa loucura de querer mais ainda o seu amor. Além disso, é que pude perceber o quanto você é maravilhosa em corpo, alma, pensamentos e faz dependência dessas curvas torneadas e invisíveis que me faz arrastar aos seus pés. Finalizo esta, apreciando o jeito em que balançam os seus cabelos em alta velocidade pelo Aterro do Flamengo na mesma sintonia fixada pelos ventos, vai contigo o meu beijo em seus lábios carnudos e bem majorados pelo meu pretenso amor. Aguardo contato querida, Beijos, beijos e mil beijos ouça: www.numaboafm.com.ar ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 02/07/2008
Alterado em 22/11/2012 Copyright © 2008. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |