![]() QUARTETOS DE AMOR
Amor! O meu raciocínio não se curva, Nas prateleiras de acervos da solidão, Mesmo assim, ainda vou desencurvar, Escolhendo o mais perfeito jogo da afeição. Lastreio-te com montanhas de alegrias, Em que possa chispar por toda a tua vida, Mesmo longínquo, faço-te uma cantoria, Na lindeza dos teus olhos, bem acolhida. Com o único beijo ardentemente lançado, Flutua nas margens do meu único regato, Com doces ósculos fulgura nesse amassado, O resumo da melhor expressão desse ato. A minha eterna inclinação vem das alturas, Com palavras e versos é um singelo exemplo, Custando tão pouquíssimo a minha querença. Quando os teus olhos se abrem ao templo. A minha real admiração vem do âmago, Cristalizando o teu corpo junto ao meu, Evadindo as promessas do pensamento, Pois o meu coração sempre, sempre teu. Meu amor! Não há e não haverá ninguém, Que possa abrir as chamas dessa paixão, Que vem rápido e tão abstruso do além, Na plantação de uma ampla canção. Eu sou o teu grande postal e única chama, O teu imperador, amador e falo com clamor, Nas ondas do mar aberto onde navegas, Serei sempre o teu nobilitado navegador. Sou do mar onde trafegas na minha alma, Desmedido e prazeroso nauta do teu amor, Somente eu sei te acalentar nas alturas, E levar o teu corpo na profundeza da ternura. ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 30/07/2008
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
|