VITÓRIA (ES)
ENTRE VALES E MONTANHAS NASCEU CILENE Oh minha amiga Cilene! Estou chegando à Vitória Cidade do Sol, Pelo leste de tuas rochas e montanhas, Levo o teu grande poema numa canção. Vejo os teus olhos esmeraldinos, Na rica e feliz Cidade Alta, Da cor dos teus cabelos, Brilha entre os rochedos o sol. Amiga Cilene do coração Capixabense! Vou banhar e beijar a tua Ilha do Mel, Fazer a letra V do espírito-santense, Nos recortes, rochas, baía nasce o céu. Oh Cilene da Ilha da Vitória! Tua visão é um “Presépio Cidade”, Elevada na modernidade tem a glória, Na “Delícia de Ilha”, é uma tranquilidade. Vou trazer para a minha cidade Caxias, A tua típica e gostosa torta Capixaba, Levo-te nestes versos o arroz de cuxá, Com vinagreira e camarão seco do mar. Cilene! Refrescas estes teus lábios, Com os meus sucos de bacuri, juçara e cupuaçu, Na tua sobremesa escolhas doces e sabores, Só no meu Maranhão tem bolos e cocadas, De açaí, buriti, graviola e bacuri. Quero ouvir na tua terra a banda do “Congo”, Jantar uma feijoada na panela de barro, Observando o azul do mar nos teus olhos, Tão verdes da cor das minhas palmeiras, Onde hoje cantam os meus bem-te-vis. Verdejantes nas cores das montanhas, Onde brilham e me fazem sorrir, Nos teus ilustrados parques, Da Fonte e da Gruta da Onça, Vitória é um paraíso exótico, Cidade circulada por bonança. As Ilhas do Boi e do Frade me seduzem, Nos atrativos e tantos encantos, Como Vila Velha é uma trajetória, Torna-se uma parada obrigatória. Neste tropicalismo irradiante, Da Praia do Canto a Curva da Jurema, Vamos conversar na praça dos namorados, Não me importa se alguém falar. Eu vou banhar mesmo é na Praia da Jurema, E depois vou recitar este lindo poema, Com os refletores, todos vão aplaudir, Na tua Praia do Camburi sem dilema. Não esqueça amiga Cilene, Ainda quero ir à Cachoeira do Rio do Meio, Tomar banhos de cachoeira, Ficar ao lado dos quiosques e churrasqueiras. A Pedra Azul é um encanto, Ainda vou pisar naquela reserva, De Mata Atlântica olhando os animais, Sem olvidar do verde dos teus olhos, Que florescem os teus litorais. No sul dos teus suaves sonhos, Vejo toda a verdade encrespada, Na Serra do Caparaó do lado mineiro, Vou tentar subir o Pico da Bandeira, Pelo distrito de Pedra Menina. Lá, em Dolores do Rio Preto, E vê as Minas Gerais numa brincadeira. Dar um salto velozmente ao norte, Pelo Rio Doce e todas as bacias fluviais, Não vou navegar sobre as águas do mar, Não quero ir pra São Luís do Maranhão, Vou Mergulhar no Rio Guarapari, E depois entre os Rios, Reis Magos, Rio Novo, São Mateus e Itapemirim. Oh minha amiga Cilene! No dia dezenove de Abril, Encontro-me com o Rei Roberto Carlos! Lá em Cachoeiro de Itapemirim! Entregar-lhe-ei uma poesia inédita, Jamais publicada em qualquer folhetim. The Fevers irá festejar a semana do Rei, No Pavilhão de Eventos da Ilha da Luz, Toda a cidade irá comemorar, O aniversário do Jovem Guarda – Roberto Carlos, Sessenta e cinco anos de paixão nacional, O RC é mesmo um fenomenal. Oh Cilene capixabense! Capixaba bonita e toda airosa, Vejo os teus lindos olhos verdes, Ofuscarem dentro dos meus, No maior sinal de irmandade, Assim, vou regressar ao Maranhão, Levando gigantescas montanhas de saudades. Aguarde-me, um dia volto lá, Na grande Ilha Vitória, E contigo muito conversar. Falando das minhas memórias. Um dia ainda serei um poeta, Aonde eu possa chegar e me sentir feliz, Cantando as alegrias em versos, Purificando as linhas do horizonte. Minha amiga! Como sempre lhe falei, Posso não ter valor aqui no sertão, Mais não me canso de falar do Maranhão, Mesmo com tantas ilusões na vida, Nestes versos entrego com emoção. A minha face é marcada pelos traços, Tão incolores dos pingos que caem, Apagado das intenções de desejos, Ainda irei vencer esses atropelos, Sem livros publicados no ocaso. Na margem dos olhos do meu rio, Sou um poeta sem uma nau, Se não fosse a Argentina, Ah! Meus sonhos se apagariam. Se um dia a lua brilhar mais que o sol, Saiba que sou eu o teu amigo, Farei neste dia um mundo de letras, E um carrossel de poesias em Vitórias. ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 04/04/2006
Alterado em 29/09/2011 Copyright © 2006. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |