UMA SÓ PALAVRA - NEVER
Abnego-me de vê o teu retrato, Sustentável nas páginas da visão, Latente em cada folha abstrata, Ardência da minha última paixão, Exaure, ainda, o sumo da ideia, Imagem refletida sem combustão. Assentindo, vai, vai partindo, Nos meus pobres reflexos, Sem qualquer imaginação. Atordoa a prancha nas águas, Desliza a minha embarcação, Tirando ondas sem precaução, Não é tua a praia na ebulição. De revés bate e recua, Na meia-tigela de mão-cheia, Flutua o intento na vazão, Orbitais arregaladas n`aflição. Não passo na tua teagem, Eu não quero mais sentir, Nunca mais, nunca mais... O espelho de tua miragem, No meu peito, não irás poluir. ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 14/06/2006
Alterado em 26/09/2011 Copyright © 2006. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |