![]() Tardezinha do sertão
A tardezinha faz a última carreata, E o verdejante bordado vai sumindo, A noite vem, e o coqueiro não desata, Debaixo do pequizeiro seco e rindo. A palmeirinha se arreganha e dá palmas, E o pequizeiro revida firme e seco, Com suas majestades no ápice: são almas, Ele não cai mesmo morto não faz beco. E os urubus-rei cabeça de urucu, Observam tudo e todo o continente, Até a vazante do Rio Itapecuru. Erige sentinela por todo o meu sertão, Com terno preto e agasalhado lá no alto, Observa até quem morreu do coração. ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 25/04/2010
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