![]() Rio Itapecuru – O triste adeus
A vida passa lentamente no vagão da terra, E o sertanejo olha o grande Rio Itapecuru, Que desce triste com a luta que não encerra, E os dias desaparecem com o rio e o babaçu. Não há remédio para o berço que dá vida, Nas margens sofre e penaliza o meu rio, E ali medita o roceiro sem nada poder fazer, Com o lixo de sacolas plásticas nas árvores. A vida passa lentamente no vagão da terra, E vejo que o rio não é mais a fonte de vida, E suas beiras choram no silêncio demasiado, Do insano desmatamento desordenado. E os dias desaparecem com o rio e o babaçu, Que tão logo irá calar o tempo e a minha razão, Aqui no meu sertão, eu não saberei o que é a vida, Se eu vivo ou permaneço mudo vendo a destruição. ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 06/06/2010
Alterado em 04/10/2011 Copyright © 2010. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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