A lua e o nino do Sertão
A tarde se embriaga no sono da noite, Entardecendo todo o azul da cor do mar, E nasce o crepúsculo e bate sem açoite, No alto perdido do espaço ali irá cantar. O menino com os olhos de admiração, Não se cansa de chamar a bela mãe lua, Que imprime tantos brilhos e redenção, No olhar inocente do menino do sertão. A lua e o nino conversam com o futuro, E aparece um raio lunar de amor e brilho, Naquela tarde sem travessura tudo é puro, A exultação bate na mágica dum estribilho. O vento não mais assobia no entardecer, A harmonia da afeição sai com devoção, Firmando o silêncio da alma no anoitecer, Longe está lua a cintilar no meigo coração. O dedo na boca faz doce o querer de ficar, Horas e horas olhando a lua a caminhar, Lentamente com os olhos da linda visão, Por toda a perdição a trilhar na imensidão. Dedico com carinho a poetisa Escribalice que um dia admirou tanto a lua e ainda se fascina com o cósmico. ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 01/09/2010
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