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 Amor que abranda
Um sopro ventilou o horizonte num monte, E assobiou no ápice do nosso eterno cálice, Defronte do cais dos teus lábios numa fonte, Dobrando a esquina do silencio sem déficit. Meu amor, essas são as evidências latejantes, Que não se apagam com a luz do sol e a lua, Desabotoando todo o apego, assim deslizante, É apreço da paixão que arde e sempre continua. E flutua em nossa nau tocando os lábios de mel, Amando-se sem cessar, admirando o céu raiar, Na largueza das pupilas com todo ar de ser fiel, Virando as latitudes do lindo vestido sem rasgar, Cingindo levemente como se fosse um carrossel, Atravesso na tua visão e flui somente para amar. Sou apenas o que voa em tua direção ao coração, Sem nada dizer ou fazer, os teus olhos me dirão, Que somos a única origem do universo em adição, Um plutão viajante na órbita da maior inclinação. ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 22/01/2012
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