UM FADO À MUSA GALANTE
Hoje, somente hoje, vou abiscoitar a exultação, Mantendo e deslocando uma boa e pacífica brisa, Como um sentimento e marca na divisa do coração, É uma cognição restrita que abundantemente repisa. Entre um pequeno trovador e uma bela mulher, Ouvindo com as orelhas golpeadas pelas ondas do mar, Não fique assim, não aspiro com a visão de sofrer, Conte-me o que incidiu e o que fez por mais achacar. Fala-me tudo mesmo sobre essa nobre alma, Diga-me o que corre e sai de dentro do imo, Derramas o pranto no meu ombro com calma, O vento e a temporada irão passar tão próximo. E mais tarde quando cair o sol não lembrarás, Que saiu do cerne o que realmente eu sentir, Não debele a estrada abraçada, não temerás, A aparição que subjuga as horas sem fingir. Oferto-te numa bandeja o meu singelo amor, É um oceano corajoso que brada tanto por ti, Mesmo nesta distância sai um fino corredor, Num sobe e desce que não consentirei partir. Estarei sempre na tua alameda sem choradeira, Por favor! Não lagrime! Vejas o céu todo azul, Aconselho-te que a face duma musa é faceira, Banhada no riso das folhas perfumadas de Cabul. Não. Não se entregue à guerra do nervosismo, Controle o interior das janelas e portas abertas, Amas o teu ego da palma que não fará abismo, É uma somatória na calculadora da vida e certa. Remeto nos sonhos as melhores flores do jardim, Deslembre as amarguras que anoitecera nos dias, Viva na condensação dos fatores positivos do sim, Que a paz dirá aos olhos negando qualquer agonia. Por isso, Eu quero abiscoitar a mais bela exultação, Articulando uma homenageada e acomodada brisa, Restaurando o tempo confuso por mais uma adaptação, Desenhas na mente o meu retrato e faças uma divisa. Fique super cheirosa e charmosa, és uma gloriosa, Imagine a margarida vermelha nos lindos cabelos E depois lançada nos seios, estarás toda graciosa, Um ótimo hidratante com banho de morango, Até as minhas letras agitam com o teu ilustre íntimo, E desse jeito, levar-te-ei a qualquer lugar do mundo, Sem fatalidades para amar a vida toda sem um fim. ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 19/02/2012
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