Ultrapasso o céu com imperativo
Eu não quero opinar sobre o futuro, Dantes, na iminência de me afogar, Não quero flutuar na incerteza, Aspiro inteireza desse afeto. Quero-te como a nuvem branca, Onde mergulho retirando a tua tiara, Esse adorno que passa na cabeça, E lampeja dentro do meu íntimo. Dilatando por todo o teu corpo Sem sedução de abraços e beijos, Será inteiramente o nosso verdor, Que corre no leito amorável. Ultrapasso o céu com imperativo, Primando por mais exigências, Com largas e profundas consequências, Legitimando a loucura da paixão. Na beleza do vestido branco, Aprisiona-me em poucos instantes, Na suntuosidade vibrante, Dos teus largos e afáveis sentimentos. Por isso, não vou pensar como outrora, Deixo tudo sem debilidade na hora, Amando-te na infecção desse amor, Sou obrigado a sentir com fervor, Sem laconismo é bom mesmo amor. ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 27/05/2012
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