Não cinge o íntimo
Se aquela mágoa derramasse no rio Eu me esqueceria de uma só vez Sem aquela altivez, ficaria sozinho Mas, como as águas não retornam Não mancham as minhas lágrimas Por isso sou feliz e chorei antecipado Algo que doera e que nada posso fazer Antes mesmo do futuro acontecer Eu tenho esse prazer de ver e crer. As linhas da arquitetura do tempo Do círculo que me rodeia e não se expande. A solidão não me abraça E nem faz jardinagem de fantasias Nem rego a flor que murchou No futuro da espera impaciente Outrora lendo a mente alheia Eu noto os passos das sombras Ou qualquer ventania Do tempo que não virou agonia E nem fez remorso ou covardia Eu sempre sou uma alegria Em versos, em pessoa sem falsídia, Dobrando grandes rajadas Onde a solidão não me abraça ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 01/07/2012
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