Um adeus nas passagens do amor
Abrindo o longo livro da estrada, Meus olhos olham o fim da linha, E penso no caso e faço a brecada, Quiçá! Ela não seja apenas minha. Folheio as páginas do acontecido, Sem me importar com o momento, Piso fundo nessa dimensão obscura, Que não cura, não sente e mistura. Amar-me, é que eu sempre edifico, Na abertura dessa onda que não sei, Se o sei, eu não, não, jamais vivenciei, O peso que cai em cada minha página. Antes de qualquer descuido, eu ajuízo, Pra não sofrer e correr ao lado do vento, Notando outras dores do largo desprezo, Que não fazem o ideal dentro de mim. Eu sigo em frente catalisando a mente, Que as letras ouvidas são bem sentidas, Não importando a distância entre a gente, O amor é o amor do amor com ou sem a dor. E penso novamente no caso e faço a brecada, E vejo a vida atravessando tão lentamente, Na rodovia negra para um destino ao lado, Espero aquele tempo passar à minha frente. Eu sigo em frente dinamizando a mente sem riso, Apenas aguardo o que já me é feito e bem dito, Não duvido do amanhecer que fica ao meu lado, Transferindo-me com precisão noutros minutos. Não posso sofrer na bebida do amor sem conhecer, A paixão que acontece longe do meu para-brisa, Muito menos o desejo violento repleto de ilusão, No coração que poderá bramar sem ondas no mar. O difícil é firmar os pontos dessa longa admiração, Que enfeita o Eros e desatina no meu dia a dia, Motivando o adeus sem jornada é batalha, Fico aqui meditando o nó dessa extremidade. Na balança desse hipnotizante hemisfério de luz, Vai ficar na memória eternizada das cruzes, Que somente um homem em toda a tua vida, Soube esperar o sol da manhã e fazer dormida, Entre os seios amantes da mulher, é partida, Num vão aberto entre o vento sem deixar ferida. Vai Tim Maia arrebentando, http://www.youtube.com/watch?v=avEIJOYUMGc&feature=player_embedded#! ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 06/07/2012
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