Um céu com flash azul do mar
Às vezes, a noite chega de mansinho no ponteiro, Não marco as horas e o tempo é capaz de refazer, Na lonjura que inquire as sombras sem nevoeiro, É meu balanceiro, aceiro de amor que faz teu prazer, Viver, anoitecer em meus braços sem me esquecer. Se se a vida é ida, eu não dei partida e nem guarida, Fiquei vendo o mar, as praias relendo no meu relento, No meio do silêncio, eu fico silente para ver a querida, Toda garrida, arriba do mar amar e dar o meu alimento, Em cinco notas em versos gráficos é a minha subida. Eu sou das alturas do pensamento e navego no teu ar, Per fas et nefas, tu admitirás eternamente a existência, Do que fui e sou capaz de amar o que outro não o faz, Se apagares a lua e explodires o sol, ainda viverei no mar, Adornando a sereia que um dia adormeceu perto de mim. Sou o verso e reverso dos caminhos que eu não aprendi, Nasci assim para mim no elo do mundo que acontece a luz, E reflete na mente e sentes a doçura de que eu nunca partir, Não peço para voltar, eu sou como o sol que faz sua rotação, Por isso, estou sempre voltando na tua cabeça com emoção. Às vezes, o lusco-fusco aborda pacificadamente no ponteiro, E não estremo as horas e o andamento é adequado de refazer, Na longitude que perquire os espectros sem qualquer nevoeiro, Se um dia apagares a lua e explodires o sol, ainda viverei no mar, Faceirando a sereia que na oportunidade serenou perto de mim, Acariciando nesta melodia num flash azul do mar para me amar. ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 17/09/2012
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