Meu imortal amor
Canto I – A Saga do amor o amor navega nas profundezas marítimas das minhas gemas trafegando acelerado no porto repleto de segredo do coração candente de afeições fundeia no íntimo da minha apreciada vendo no espaço da enseada com leme coruscante de amor eu aprecio a cada nascimento a lua nas encostas do amor nesse verdor frio em que o sol esvanece há apenas a flor que eu levo nos horizontes encarnados da minha visão é a prosperidade que contagia nas peças da minha lua redonda de amor na celebração augusta de distração eu vou sempre amar, amando a força que me canta talvez, o amor seja a perspectiva que vivo neste ar sem definição, sem explicação, eu vou adorando se o amor é a memória definida do meu residir eu farei o castelo mais ornamental em versos e findo no amor por todas as bandas, é meu onde a pepita agradável, vem encantar alegrar o íntimo do mote mais querido na vanguarda eu quero sempre te amar no leito do amor. eu serei mais garrido nem as folhas secas das oliveiras me calham nem mesmo as ondas agitadas me fazem medo nem o sol queima o meu rosto unido na sua face por que o amor tem muitas façanhas com aleluias refaz a sua imagem no meu coração e me amolece seduz-me na aspiração de suas asas com jovialidade será o amor um fantasma que eu nunca vejo por aqui aparece no caldo dos meus olhos e me faz entusiasmar não havendo sombra, eu permaneço avaliando a lua nua a menina dos olhos de prata vestida de noiva na noite fria uma princesa tão admirável mais que a minha lua prateada. eu fico louco submergindo a grandeza dessa senhora rainha mais linda dama em meus versos, que não foi feita para mim somente Rei Arthur consome as plumas dessa espaçosa paixão e na totalização que vem nos dias, meses, anos, e séculos sem fim é uma verdade real subjugada nos confins martelados dos ambíguos no pilar assentado dos triângulos da neutralidade que anima no ocaso reproduzem na comunhão de vontades todos os labores para o sonhador e sendo a diferença mística dos domínios embarcados em cada fisionomia retratam os períodos ilimitados dos afetos surgidos no latifúndio da alma sorrateiro entre as nuances galopadas das idolatrias não desenvolvidas castigando as estremeções vinculadas no apego do fino sentimento corroendo um pedaço ou parte desta lanterna que não faz aliança aceita-se que a formosura apenas dar cor no cartucho do amor alinhando na dinâmica as folhagens forradas de vivacidades por isso, a labutada se torna um arco de flecha abrandado certeiro, nas intrínsecas abordadas da legítima sensatez faz do apreço, o terço com endereço desde o começo é o amor, moldurando na costura afável dos afetos açambarcando os rios das artérias rubras do amor em linhagem imaginária e abstrusa de aragens no carrossel aberto de mel com bel-prazeres são aspirações cativas entr’os jardins do céu corporação indivisível no acalanto é um véu decompondo o sentimento como um chapéu não é um troféu, muito menos um escarcéu porém, lamentável quando o amor é um réu e tudo se transforma em um mar de fogaréu se se diminutas as lutas poderá ser um ilhéu amenizando composição amigável, haverá inteira solidez porque o amor não trava embustes, nem improvisa guerra tão-somente edifica com notoriedade a dedicação do belo com escória excelente de incomensuráveis reciprocidades assim baila esse nobilíssimo sentimento que é a meiguice é o amor uma imaculadíssima dinastia legendada por afeições cotejadas na vida deliciosa amêndoa no desenho do coração satisfazendo o espírito com mil amabilidades locupletando as sensações no conforto da calma são as alamedas mais doces da mansão do amor o longo convívio afaga no achego duradouro permeando a mente no endereço do fulgor escrevendo as delícias com mais primor são distingues etéreas da constelação fluindo na concepção do universo e no espelho da realidade da vida o carinho é uma carruagem de sonhos cingindo a alma na magnitude das confissões é a vitória tecida nos cortes da vulnerabilidade tão frágil que se quebra como um cálice tão leve que penetra sem percepção na conjunção completa do afeto o amor não fere e não enxovalha compartilha a doação sem acreditar o amor é aquiescência de boa ação esmagando o egoísmo na prisão da mente o amor é o dia e a noite em reciprocidades é a augusta aliança completa e inquebrável pisoteando orgulho em todas as dimensões no mais atlântico alicerce feito sem projeto são ondas espaçosas no baldrame imutável. conglomeradas afeições não alteram não modificam não se extinguem não realizam nenhuma promessa a calentura é o sorriso na tristeza superando alegrias e tantas agonias até mesmo na desfeita de um infeliz adeus no qual é tão dolorido no acesso do rompimento e mais dolente quando os brotos notam a separação na magoada história escrita em letras de lágrimas deslizando não tranquiliza o sofrimento da alma é o extremo do amor, onde a onda se quebra nas intensas profundezas de um oceano repartindo o coração em mil pedaços e rompendo o sentido da existência faz silêncio total das temporadas o amor é algo especial dentro de si é a bússola apontada sem destinos o lenço mais extenso nas decepções friccionando a tristeza em cada olhar na vestimenta mais branda dos homens sem fórmulas, e sem negociações é um livro aberto e simples de ler não possui pesagem ou prestação e muito menos qualquer cobrança o amor é o pulso e o relógio da vida marca todos os baques na prudência é a evolução mais digna dos átomos e as lembranças ativadas em prótons fulgurando a alma como um sol ardente não haverá estrela cadente sem afeição. No lago de amor há correntezas infindas Incondicional em todas as margens O amor é tão paciente sem medição Não possuindo o baú de medos e receios No amor não há espaço para o rancor Interage na influência e destrói a vangloria Conserta defeitos e desafia a paixão em brasa É a oferenda mais singela da pessoa Desnudando a censura sem humilhar O amor não destroça as imaginações Aproxima os limites dos bel-prazeres O amor é a ocasião mais achegada da alma Conferindo milhares de adjetivos abstrusos Na união da igualdade sem desamparar São todos os argumentos iniciais da amizade É o amor um continente extenso de afetos Cercado por inúmeros acontecimentos Se o amor é uma doçura inexplicável Mais enigmático é julgar suas estirpes O amor aparece do nada, coisa nenhuma Avizinhando o querer, mais e mais Estendendo em uma química espantosa O amor é o aroma mais cobiça da amizade Todos apetecem apenas alguns são chegados O amor é uma galáxia invisível Constituída dentro do buraco negro Expelindo na dimensão do ego massa escura Com campo gravitacional apaixonante Namorando as delícias dos corpos E nascendo novas estrelas densas e belas. O amor é como o sangue que corre Circulando por todo o orbe corporal Um líquido invisível e sem tonalidade Dominante por todas as artérias É tão influente que é capaz de tudo Neutraliza o tempo e as horas É tão bom o amor que nos cega Abraçando a paz e construindo alegrias Esse amor verdadeiro é certeiro É tão inexplicável que nos faz viver Materializa sonhos e mistérios É um superpoder com energia Conectando dois corações amantes É o amor a dualidade nas aspirações Um continente de emoções com calma Na liberdade de todas as águas presas Impondo salvamento à alma da criatura E acende o sol em grandes chuvaradas Entende todas as escritas das estrelas Desperta com a noite na calma da paz Nada se apaga ou se abre sem o amor E cura todas as moléstias com relevo O amor é a conexão das asas amadas E seu maior elemento químico é a fé Que faz ternuras no tempo de choros O amor não é feliz sozinho no atalho Não queima e nem arde na desunião Aclama a prosperidade com saudade Unindo dois corações sem desiludes É o amor, a única razão da existência. Ou um gigantesco planeta ou asteroide É tão real que apenas podemos sentir Não podemos apalpar e nem ver, é mágico É uma maravilha! É uma luz solar Com força e robusta energia queimante O amor é o nascer da existência da paz É o superlativo altivo do coração É a máquina mais trabalhosa É tão exímio e magistral que enlouquece Arde e incinera quando não se der estima Machuca os pensamentos na traição Alteia os dias vividos em lembranças Edifica nova morada onde quer O amor não pergunta e nem responde Sobressai completamente mudo e surdo Regulando a régua no grau em que se ama Eternizando toda a nossa materialidade Do passado ao presente e não perece Eleva-se quando prospera no futuro Esse sentimento amoroso se perpetua Gira, gira, gira como uma roda gigante Na brisa mais cobiçada do ser humano É o terno mais aguçado dos amantes Nesta sublime medição enigmática Não há espada mais garrida que o amor E nem lança mais cortante que o amor Indestrutível e sem qualquer indagação Supera monte, limites e vive sem fronteiras Equação mais sublime do Deus Supremo Decompõe a angústia em mil alegrias. Se existe o nada, o nada é o puro amor Na larga raiz imaterial do ser humano Um desejo gratuito, leve, livre e solto Assim, é a face do venerável amor Curando com o remédio da consolação Faz atração entre corpos amados Purifica os erros e conserta o coração Ergue, levanta quem se desmorona É o amor o estandarte latente balançando Lábaro brioso leal e mui sincero Único ser que enxuga as lágrimas Com os dogmas do extenso perdão Faz a porta a gratidão em mil esperanças Cobrindo sem custos as fraquezas Abduzindo as enfermidades do corpo É o amor, o guerreiro de todos os prélios Eleito como o maior livro do homem Com folhas escritas para a eternidade Nos lenços mais suaves da alma. O amor é o retrato da mais alta saudade Que guardamos e ansiamos a sua falta Entorpecendo a elite do espírito O amor é a mais soberba face da felicidade Não lavrando com cuidado se perde Na inclinação do dia amanhecendo E, poderá se aperfeiçoar no anoitecer Justificando o poder e a existência de Deus No perfumes mais raro – o amor A seiva do amor é tão reta que não há curvas Não havendo espaço para uma descida. ditoso agrado é ter um bom amor habitando na alma envolvendo todo o corpo na extração dos carinhos representando o arrojo mútuo e causando ampla admiração faz habitação dentro do coração ligando as aquarelas do acalanto é um dos espetáculos mais belos com cenas e assuntos insonháveis sucedendo às vezes, sem que percebemos a sua abordada inesperada batendo o coração acelerado faz a magia sentimental mais acentuada assim é a energia calorífica dessa emoção comtemplando o coração adubando as vibrações na unidade sem qualquer lembrete ou nota um sentimento que ruge, anseia, grita e se esperneia, é meiguice bulindo incansavelmente dentro do coração sem hora marcada o amor vem como uma avalanche, invadindo todo o íntimo irradiando com labaredas e açoitando em bons momentos tonando-se extraordinária emoção que não se destrói e quando se extingue, o coração sofre loucamente entre nuvens esparsas e completamente escuras sai perambulando no ambiente melancólico da solidão ardilosa dos espinhos sem rosa amolando e pisoteando a mente frígida na dor que abre nos blocos dos olhos é assim as procelas da infelicidade aliciando na lareira do calvário a decepção amolada por dias não é sensato ter desamor na via estreita da alma será sucessivamente a máxima ferida no coração sem amor O amor é a porta mais aberta do universo É a nossa via láctea onde Deus é a central Administrando nossos passos na criação No mais espaçoso logradouro de luzes Confraternizando os sentimentos compassivos Suas expressões não denotam modicidade Alçando novéis horizontes na época vindoura Labora premissas em cada coração amado Preside em lacunas as premonições Remexendo na restauração da alma Sem possuir deplorações no espírito Não existindo palavras para decifrar E o amor realiza atmosferas longínquas Inventa o feio na mais bela oferenda E dar a este sentimento sem esperar volta Na perfectível concepção dos sentimentos É o diagrama arquitetônico mais suntuoso Um grande cruzeiro de ordenações pessoais Em cada uma das rodas giram transformações Abundantes em diversas peculiaridades Que o ser Supremo já criou além do universo Ditoso é quem possui o passaporte dessa afeição E a cancela mais alterosa para quem ama Dando e espalhando dádivas sem nada auferir Laborando no crescimento das benevolências. Entusiasmando descobrimentos aos rebentos Acendendo palcos luminosos em cada jornada Ainda perfilando o corpo e remata o íntimo É o amor o nascimento de prosperidades Na carruagem histórica mais sensível. Canto II - O Mundo Céltico o grande mundo céltico apogeu de toda Europa constituído num legado ramificado na incerteza outrora deixando o mar desde o segundo milênio migrou para vários solos eternizou toda a Irlanda dominou toda Anatólia fez da Península Ibérica a mais ilustre conquista e do norte de Portugal lutou ainda por Galiza alastrando a mãe língua em tradições e costumes das amplas tribos bretãs elevadas nas mitologias por toda ilha Britânica Definiram centenas de deuses e noite das trevas e sobreveio na Irlanda o cristianismo de Cristo o letrado e bem-aventurado Bispo São Patrício bateu o ateísmo e fez da Irlanda o cristianismo e aflorando da Irlanda do Norte até a Narbona entre cultos e religiões, sobressaía os druídas grandes rituais e relevantes celebrações em caldeirões e amplos sacrifícios nas noites de lua cheia, fervia militavam seus cultos e mil bruxarias os druídas Nem mesmo as horas apagam as preleções Nem os minutos precipitam as temporadas Dos novelos indissolúveis dos painéis Naufragando nos becos das turbulências Entre os estampilhados desacelerados Passam-se as nuvens entre as tempestades Nas lembranças enraizadas dos temperos Evocando dunas nas sombras do futuro São costelas amaciadas dos cumprimentos Que não se apagam com as ventanias Nem mesmo com os coices das chuvaradas Envelhecidas no topo da existência Denotam a sensatez das palhetas dos ares Em liturgia dos cânticos assobiados Sobrevoando os andares das biografias Bandos isolados em busca de refúgio Caravanas partindo sem sossego Autodeterminação nas colinas Entre rios, montanhas e picos Definiam as ouvidos de um povo confuso Às vezes, alinhados na escuridão Distorcidos das linhagens da prole Destruindo o âmago das bestialidades Mutilados em razões egoísticas Incompreensões acirradas nas visões Pestes nos invólucros de animais Ferezas atribuídas sem fatalidade Viagens ao acaso nas vielas da lua cheia Assim comiam e viviam os ferozes Maltratando a própria alma em descanso. Às vezes, as ondas não voltam mais Em lençóis de redemoinhos espaçosos Purgando as correntezas de tantas incertezas Burilando as demais cortesias sem amparo Que não se apagam com as piracemas Nem mesmo com os coices das chuvaradas Chicoteadas no vacilo das noites inteiras Borbotam petas entre tantas mentiras Engodo nutriente dos mais fracos Entorpecendo milhares de almas No esgotamento de todas as paixões Encarnadas no leme das ancestrais naus Rematando no matiz dos anos, a voz Artificiosa e lançadas no meu do corpo São flagelos doentios da ciranda viva Se o horizonte embarca nas horas Não resistirá as chamas da estrela, lua Despida no guardanapo das virgens Olhai o lenço roto das pedras de marte Pisando entre as compilações flamejantes Discernem no abismo negro da existência Mil insanidades desvairada de tolices Empurram estouros no cinturão de asteroides Caindo nos pés de cada viver para ter Os pulsos enigmáticos da saudade Espelhada em cada expressão neutra Escondida nos murais da bulimia Cavalgando os brutos na ingenuidade Das manhãs enfeitiçadas pelo brio da lua Ora abrigados nas florestas dos absurdos. E se a vida fosse tão doce como o mar E o mar tão rebelde e travesso como o rio Os estandartes da existência, sorririam Em desaforo contumaz de todos os dias No despreparo miúdo que calham São emoções em investigação de ódio Remédio de todas as odiosidades Embebidas nas taças das perdições Lições hipnotizadas dos impérios Relatos que voejam nos céus É flúmen que invadem as mentes Tateiam as caras redobradas em vão Neutralizam as artérias com espada Construindo o piso frágil das fantasias Nos pirões esquartejados dos insumos Das guerras mal travadas, caem vidas E desses prélios serão as discórdias Nas aspirações mais avançadas do homem Poderes entre ações desestabilizadas Em contornos afluentes de questões São bocas feridas e hipocondríacas Lastimando contra o véu sem mel Lambuzado de infortúnios de desonestos Piscando na sentinela da lua cheia Sem trovões não abrolham anseios Esmerilando o nariz das indagações Flutuando no olhar maldito e traiçoeiro Nas coisas de ninguém, sempre tem Alianças atravessadas nas esquinas Borbulhando nos tímpanos de outrem. As minisséries de cada tribo pagãs Eram atributos lançados ao vento Dispersados sem entendimento Frieza puríssima escandalosa Em sangue-frio de dessabores Ostentados no ferro mais elevado Retorcidos por fúria das gemas Alucinadas nas expedições e conquistas Braços longos e homens afoitos Não será um hitita dos flagelos Agonizando no endeusamento Abençoando a cabeça do animal Adorando mil deuses na oração Eram homens feitos para a guerra No império de apenas um rei deus vivo Os homens migravam como formigas Acedendo caminhos ao novo mundo Alimentação precária e morosa Enquanto a caça e o verde existiam Indo para outros chãos nus e imaculados Migrações que duraram tantos séculos Em milhares de convulsões avançadas Desde o patriarca Noé aos tempos Assim nasceu a menina Europa Dos dentes dos primitivos estrangeiros Fragmentada em diversos grupos Desorganizados, formavam outras tribos Separados, atravessavam o solo Na árdua viagem mais épica do ser vivo Colônias sem impérios, constituíam a vida. Rumos diferentes e pátrias novas Línguas, costumes e tantas crenças Era o marco ancestral de cada cultura Semeando novos berços entre o mar Milênios percorriam a meia lua Lendas e mistérios cobriam as mentes Das cavernas aos topos das montanhas À frente, à defesa da terra e do solo Espalhados por todos os continentes Cada homem que nunca se observaram Levava consigo o brasão da desigualdade Avançando na colonização europeia Uma aprendizagem ao próximo futuro Na vida terrena com pleitos imensos Apoiando na criação das divindades O homem domesticando o cavalo Carroças de duas ou quatro rodas Domavam as influências entre bandos Serviam também nas platibandas Abrindo conhecimentos abstratos Eram tão insolentes no dia a dia Com facas e punhais afiados Com colares imódicos no pescoço Ouro puro ou prata alardeavam No piso de gerações crescentes Lançadas à base guerras e desavenças Cativo e fugas eram constantes Chefes aclamados à hierarquia Vassalos à disposição e a ordem Em uma classe destinada sem futuro. Àquele povo dominante da Irlanda Distribuídos em centenas de pedaços Não há como negar as estruturas sociais E seus vastos conhecimentos históricos Até mesmo Hecateu de Mileto, abismava-se Nas viagens que percorria naqueles domínios Foi Hecateu o pai da história grega Que estudou, observou e dividiu o mundo Formulando o mapa geográfico Aquele nobre poeta prosador Descreveu com classe, e contou a história Ele era o grande viajante dos mares Um político que pretendia maior direção Seria um dos maiores logógrafos E defensor de Mileto, assim fora esquecido Era ali na cidade dos filósofos ocidentais Onde os homens letrados da alta sociedade Viviam na pequena província grega A Escola Jônica de Mileto, em Jônia Banhada com as águas do mar Egeu Alargando as experiências e práticas Nos refinados estudos filosóficos De que a matéria ocupa os espaços Dentro da consciência e reflexões A escola difundia em diversidades Naquele aprendizado do mundo antigo Solidificando a nobreza de Heródoto Era ali na costa da Ásia Menor O centro principal da mercancia E o leito primordial dos vastos estudos. No berço da democracia e filosofia Das medições da ciência e letras O povo grego sempre se destacou Arrolou nas letras ao mundo do cosmos Arvorando experiências nesse legado Nutrindo no aumento destas biografias Sobressaindo grandes homens Aristóteles, Heráclito, Diógenes Arqueleu, Anaximandro, Anaxágoras Não olvidando o criador do Partenon Péricles, o notável de toda Grécia E se a existência tem mais vida social Foi Clístenes de Sícion, pai da democracia Criador das decisões públicas aos gregos Uma das maiores conquistas daquele povo E, jamais poderemos deslembrar Os acervos constituintes da Europa As aventuradas terras abertas e verdes Distintas por desuniões adversas Dos séculos e séculos, habitaram os Celtas Na expansão da grande região da Irlanda Frutificando a Europa à Península Ibérica Entre os Açores à Península da Anatólia E de todas as incertezas, eram os Celtas A magia da criação de peças em ferro Das aquisições do ouro em moedas Dos braceletes, cordões aos vasos e potes Homens guerreiros e comerciantes Das artes, religiões místicas e guerras Tudo resultante de fusões culturais e etnias. a bota usada por Rei Arthur
era findada de pele de cabra mole e durável nas estações e diferente do couro de vaca uma bota de modelo próprio causando sorte ao cavaleiro com o bico de ferro virado no aspecto de bico de pato era uma peça da armadura atenuado, e com salto alto enorme e luxuoso nos pés em tamanho bem mitigado bordado com fita vermelha uma nobreza dos cavaleiros legítimos homens das brigas fiéis guerreiros da ampla lutas defensores da terra e conquistas em luta na era medieva da Europa com um adequado solado grosseiro tais utensílios eram marcas de galopes empregados na extensa e alta idade média com um formidável cano alto, trazia conforto nos caminhos ou nos galopes, às vezes longínquos ostentando o marco e o grau da hierarquia do cavaleiro sem alterações daquele era, a bota cano alto foi muito usada nas lutas por grande cavaleiro. o mais airoso e poderoso Rei Arthur intrépido nas extensas labutas onde a força e a coragem soma troféu atacando nas cautelas do além é a mais congruente defesa e da história são prelações que não abatem na afluência intermitente de um lutador são apenas lições de afeição viajando nos lenções das quadras futuras Canto III - O Anjo Gabriel é o esquadrão de forças eternas são os anjos dos céus império dominador paz e a ordem Deus divino Deus na criação do mundo os anjos louvaram com alvoroços enormes louvores lavrados nos confins de todas as criações divinas apenas os anjos de Deus serão os mais fiéis lutadores da armada celestial abrindo caminho aos homens no extenso acostamento ao nosso ser Supremo não há outro no orbe mais abissal que a hierarquia angelical em advocacia sua influência encanta todos os seres humanos de todos os andamentos fora apenas um grandioso anjo que fizera a anunciação de Jesus C à Santíssima Virgem Maria, prevenindo o seu nascimento o anjo esteve presente com Jesus Cristo no deserto contemporâneo na agonia em Getsêmani no julgamento e todo o sofrimento na paixão de Jesus na Cruz na grande ascensão na vila Betânia das oliveiras assim, os anjos são luzes espirituais os mensageiros do nosso Senhor Supremo Deus em qualidades dominantes e fiéis, cumprem ordens de Deus aproximando todos os seres humanos na vinculação ao Supremo uma armada de anjos é o reino do Nosso Senhor Deus, o Onipotente dando virtudes, principados, conhecimentos, são os gênios da humanidade contribuindo e sagrando ao homem os princípios reveladores da união com luzes e poderes, os anjos em arcadas convivem com os homens alinhando as veredas na cabal intersecção espiritual e físico é o anjo o ser angelical entregue por Deus ao ser humano anjo Eu sou mesmo o anjo Gabriel O mensageiro do nosso Criador E minha primeira conversa está escrita Em uma grande Pedra da Revelação Conferi aos homens da terra as Boas Novas Os sonhos como fidedigna mensagem Eu sou o governador de todo o Éden E diretor dos anjos e demais querubins A minha pele é completamente diáfana Nutrido de energia pura em gravitação Com campo e núcleo interminável Eu sou o domínio da matéria e consciência Eu sou o anjo das grandes revoluções Eleito o melhor arqueiro do reino Com as folhagens da graça divina Eu tenho os sete selos do apocalipse O mais justo caminho ao Altíssimo A imortalidade vive dentro do meu eu Apenas, eu não possuo livre arbítrio Eu cumpro apenas ordens do Altíssimo Na evolução de trazer o homem aos céus Projetando-os nos atos e aconselhamentos Levando a taça de todas as misericórdias Por isso, eu sou o Príncipe do Senhor Deus E estarei sempre presente nos andamentos Evitando que o ser humano se extinga Nas amplas embaralhadas das vontades Eu sou o anjo do espírito da verdade E fui o enviado à Jerusalém Depois, ao vilarejo da Galileia. Constituindo o anjo da encarnação divina O portador das inspirações de Deus E Levando as forças benéficas a todos E minhas provas estão presentes no dia a dia Quando os sinos dobrarem nas abadias Nos refrãos entoando o Angelus É a redenção santificada e jubilosa Perpetuando o infinito amor e louvor No advento da vida do cordeiro de Deus O Ângelus é a esperança que chega Alicerçando o mar nas expectativas Da passagem mais próspera à vida Eu estarei sempre presente na sua vida Entre as badaladas de cada sino Suave, maravilhoso nas meditações Alcançando as graças com vossa Mãe No toque mágico das Ave-Marias É a intima ligação mais puríssima O mais belo e único gênero musical A comtemplar a mais harmoniosa obra Do Criador do universo e do homem No sopro divino do Altíssimo Alado Aprimora o grito da libertação humana Nas súplicas em cada tribulação Adequando as trajetórias para alma E louvando o espírito na renovação No toque da mão de Deus ao homem. Sublimando os céus e a terra Aderindo o tríplice da pureza Em gradual ânimo incompreensível Na energia do poder do Ser Supremo Eleva-se no horizonte dos espíritos Perante o altar revestido de ouro Com brilhos na árvore universal Ali está o defensor arcanjo Gabriel Pronto, com um turíbulo de áureo Floresce no cheiro divino dos afetos Em toda a hierarquia celestial do paraíso Evoca júbilos com respingos na alma Bendizendo ação de graças e consagração São fluidez e calma das amabilidades Visualizam o conteúdo da arte cristã Doando um pouco da minha luz ao homem Acatando ordens do anjo tutor e guardião O homem não viverá sozinho na terra Terá a proteção do corpo e espírito Na celebração grandiosa das almas Exorando nas inúmeras precisões A alma do homem não padecerá Sem os rogos do seu coração Com todas as petições, estas serão ouvidas Na tempestividade do bom espírito Empilhando também as luzes das virtudes E salvaguardando dos hostis e perigos Da iminente bestialidade exasperada Do odioso e cheio de ferocidade O exército divino fará demanda. Com a grande ventania no túnel das oliveiras Ali, descia o extraordinário em forma de arcanjo Batendo as asas adornadas de cor branca Os cabelos acoitavam no matiz de ouro Era tão cambiante o fulgor imponente Que luzia à cabeça um círculo prateado Com rebarbas nas laterais de ouro puro Suavemente articulando naquela parada Expelindo no luxuoso florete sobrenatural Lá, naquela adjacência, via-se um anjo Ali, sobrenadava a candidez do arcanjo E próximo ao inaugural de eventos Suas pupilas surpreendentes na visão Abriam-se em ato resplandecente Outrora, pacificando a ventania No controle daquele abissal episódio As pupilas mágicas caminhavam Em direções adversas de conteúdo Capturando as nuance das horas Com sobrancelhas graúdas e inteiradas Sobressaindo nos admiráveis olhos Cílios alongados no tom dos cabelos Perfazendo um fino e soberbo Com o nariz curto tipo asiático Na beleza dos lábios finos e harmônicos Um pouco comprido na exterioridade Banhados na simplicidade imponente Era constante naquela degradação Às vezes, variante em cada posição Sintonizava mais e mais cativantes. Ele derramava no recinto um cheiro Exalando por todo o túnel das oliveiras Uma fragrância magnífica e divinal Extraindo de suas mãos uma energia Com exemplificação de uma luz etérea Em plena forma de corrente elétrica Com os belos olhos fixos no corvo Ele admirava e sorria demasiado Com as piruetas da ave em desesperança Notava-se uma sensação misteriosa Um ambiente insípido e cauteloso Algo estranho de causar tanto medo E indescritível de se descrever Em real relance tão uniforme Sem compreensão da mente humana Faiscando as chamas adequadas de amor A sua fisionomia era macia e tão puríssima Sublimando com lucidezes azuis nas aselhas Límpidas e bem guiadas na corporação Era o majestoso anjo do senhor Deus Sentado sobre a pedra, calmamente Ele analisa o perfil do ambiente turvo Com os olhos esmeraldinos, nota a era No cântico do corvo rasgando o tempo Apressava-se a ave na resolução Mergulhando de bico em acrobacias Contemplando a estação do momento Ali, percorria uma brisa fria e mansa Recompondo o panorama hostil Entre as folhas verdes das oliveiras. Vestindo um lustre branco na grandeza Era um fanal em fortaleza angelical Sentando numa grande pedra lisa De coloração marrom violeta Traduzindo as mensagens do castelo de Deus Era o guardião da humanidade em plenitude O ser especial com inteira perfeição O defensor e guerreiro do Castelo Celestial Na proteção e amparo da raça humana Aquela majestosa criatura divina Com a face límpida de alegrias e benevolências Sentado no galho da oliveira, nada dizia Apenas cumpria a missão celestial Observando com placidez o exterior Ele notava o silêncio cair naquela tarde Se a contemplação faz enlace na alma A nobreza e todas as benfeitorias são aulas Governantes no tríduo da época vindoura Aufere a sapiência como um diamante É o anjo o senhor dos temporais Mensageiro e salvador por aclamação Indicador da mais alta Corte Celestial É tão uniforme nas decisões garridas E o seu manto branco é cristalino Na mais extenuante criatura de Deus No propósito de acudir quem o chama De uma beleza incomensurável às gemas Não há como se embaraçar com a divindade Na completa espiritualidade e benignidade É o anjo um fantástico, divina onipotência. Esse ente da grandiosidade celestial Sabiamente querido pelos que tem adoração É infinitamente mais alto que o homem Condescendente aos princípios enigmáticos de Deus Píncaro das elevações beneméritas do universo Príncipe da mais imbatível cátedra soberana Detentor de infinitésimas comunicações Com bandeira harmoniosa da tranquilidade Não, não, ele não vacila quando é procurado Satisfaz os seres humanos com lealdade Contenta os mais frágeis das tribulações Resguarda no travesseiro os liames com o Criador Acondicionando a conexão infalível Ajudando a cada passo nessa construção Entre o Altíssimo e o pequeno homem Plantando as sementes da concórdia Na fonte de todos os conhecimentos Aproximando o homem para o bem Saciando na pureza a salvação Dirigindo nas estradas de pedras Sem qualquer brasão ou armas Com depósito bento nas mãos sagradas Exibindo a sagrada Sabedoria Divina Era ele o passageiro da nave universal Viajante das galáxias inacabáveis Do tesouro mais belo da criação divina Ele assistia o abissal cântico do corvo E, voando, voando em largas acrobacias Descendo em pinotes e saltos assustadores Do vendaval que abordava no túnel das oliveiras. Sem sombras de quaisquer dúvidas É o anjo Gabriel, o mais belo O arcanjo que senta à esquerda de Deus Plantando bênçãos no coração dos homens Aliviando as dores das labutas Protegendo em todos os sentidos O grande mensageiro e guardião de Deus O Arqueiro e maior justiceiro nos céus Nas batalhas contra o extenso mal É o anjo Gabriel o emissário de Deus Foi ele que anunciou o filho de Deus Não olvidando que foi o arcanjo Gabriel O anjo que ficou frente a frente com Daniel E conversou com o profeta Zacarias Assim, eis o mistério de toda a grande fé. Canto IV o belo vestido real abalizava a ocasião flexível e tão leve e profusos adornos todo em seda pura na coloração branca e colar no pescoço com joias preciosas fulgurava no corpo em distinta demasia modelando a silhueta da bela rainha entre cores cruas e tão raras na era demarcavam o princípio da beleza tons puxado em realce mais ativo por baixo a camisa de linho leve abonando o colorido da túnica encarnada com duas pérolas e cinto com broche d’ouro no arremate da cintura embelezava a rainha na decoração e nas abas bordadas com fiapos de ouro e com variadas pedras preciosas no arremate tão maleável que ostentava um admirável luxo baixando no vestido uma forma triangular aos pés e assim, era a vestidura da grande rainha da Espanha a mais esplêndida mulher que os tempos não deletaram bonita com face angelical e pequeníssimos lábios doces alinhavam toda essa silhueta nas asas da magistralidade cabelos na gradação d’ouro embriagados na tinta do sol revelando riqueza, saber e força na equação da vivência no arranjo da beleza extraordinária e da província Ibérica um vestido sob encomenda e tão custoso vindo do Alto Egito das melhores terras de juncos e abençoadas por Deus de Abraão e das tradições que o universo uniu e desuniu os povos em guerras não findando as esperanças, e as buscas do comércio na idade média. Não houvera quadras Nem tão pouco enquadras Que afugentasse nesse sulco Ou desafiando suma evidência Abrilhantada na centralização Quiçá! Harmônica desse ciclo Conflagrando nas imaginações remotas E atrelando as reflexões no convés da ocasião Aludindo no paradoxo das assombrações Neutralizando o cabeçalho do crepúsculo O firmamento acende-se neste panorama Síncope entre as nuvens esparsas e escuras Arejado entre a lua e lindas estrelas Peregrinando no espaço intergaláctico Será a gradação da evolução dos tempos No limiar das elementares premissas É a rainha a beleza em uma grande linha Formosa e luminosa quão o perfume da rosa Elucidava em suas cores o lindo vestido Na perfeição dos contos, mitos e lendas Eram reflexões da passagem da moda Em percepção da cultura e fertilidade Traduzia no aporte fotográfico dos olhos Padrão elementar que corria nas estações Dos hábitos e costumes vivenciais da realeza Transformados em atitudes e conhecimentos Com suas cambiantes aprofundadas De cunho ambiental e polivalente Impressionava a diagonal do vestido Nas preliminares de uma linda rainha. Fino trato e com admiração perceptível Mulher jovem, madura e experiente Entendedora dos mitos e segredos Elencada em brios e adornos sofisticados Doçura nos lábios rosados e aprontados Uma menina-mulher outrora donzela Realçando atrações nas virtudes Entrelaçando a robustez facial bela Dotada de consciência exemplar Transmitindo raios de felicidades Meiga, inteligente e bastante dócil Era incansável defensora dos jutos Apaixonante pelos verdores das estações Simpática deusa mulher nos florais do amor Usando um look da mais alta costura. A candidez se alastrada em seu corpo Exprimindo conceituada instrução Faz de uma mulher-menina a nobreza Com inacabável fragrância feminina No mais amistoso símbolo inquestionável Sutileza em cada olhar modesto da noite Desprendia carinhoso o paladar meigo Face mais romântica entre uma pétala Cheirosa é bela rainha da Espanha Menina moça com aroma de perfume Com festejo penitencial de todos os dias Seu corpo exprime a mais rara flor Sincera no auriverde das manhãs Valorando as trilhas da bondade Na coragem exposta de realizar a vida. A bela rainha traz um manto sagrado Suas volições demudam a realidade Suas palavras dançam com o sol Refletem até mesmo na escuridão Faz da noite negra o brilho da lua Voando os pensamentos nas brisas Adorna o trajeto com feixes de prata Enobrece o coração dos frágeis Suas mãos cozem o grande amor Abençoando e indultando as invenções Moça bela no quarteto das flores Simpatia respingando nas pétalas O seu cerne é maior que o mundo No assobio dos pássaros voando Deusa da Espanha completamente linda. Amante da música clássica e poesia Devota de Santíssima Virgem Maria Benfeitora dos filhos paupérrimos A mãe dos meninos órfãos e sofridos Ela é uma matriarca em culminância Seus olhos produzem riqueza em fartura Acolhe os súditos com medida na corte Enxuga as lágrimas dos infortúnios Traz na visão os braços abertos Vive de gratidão por ser uma bela E possuir a máxima gratidão Adorada por todos os vassalos do reino A Princesa da Espanha era uma deusa Magníloqua e amante da cultura Com delirante riso, não existia tristeza. Se a rainha é tão esplêndida como um anjo Segredos são guardados em cada gema Tão profundos que não se pode enxergar A luminosidade derramada por amabilidades No odor de uma majestosa dama perfumada Faz de uma mulher o arco-íris de amor Se não houvesse cor, a vida não seria vida O sorriso amargo seria apenas dor Ida partida sem entretom do universo Por isso, Deus inventou a mulher Uma deusa de chaves com atração Abençoada ser que sublima a era Nas perfeições interiores dos seios Contorno sagrado de eleição matriarcal É a mulher rainha de toda a grande Espanha Na fleuma que apresentava a bela mulher A majestosa rainha da Espanha Real Adormecendo no jardim florido, bem acolá Na estação da primeira primavera do ano A formosura dos olhos na penumbra Pele macia com pestanas alongadas Dulcificadas no perfume da alma Abrandando os brotos na silhueta Contorcia as pernas no assento Notando algures a arte da era Sonhando nas imagens e lembranças Ouvindo as lições vivenciadas Eram nuances reproduzidas Das atrações infligidas dos laços Perpetradas no coração amado. Com a cabeça apoiada na mão direita O espectro percorria loucamente A única avenida do túnel do amor Enflorada de ramos, rosas e arbustos A rainha desabava no sono e placidez no jardim E a brisa arrastava o perfume das flores No passeio contínuo dos aromas Ali, sentada no pequeno banco de madeira nobre Ela hospedava as chamas ardentes do preclaro amor Embebido na visão tolerante de esperar o cupido Ambicionando nas promessas ditas de Vossa Majestade Três dias e três noites de lua turva, a tristeza abalava Realocando por fáceis instantes, o preço de uma alegria Postulada apenas no olhar conduzido de esperas Legítimas aquisições que a meditação apenas concebia. As inspirações das rosas luxuosas, ali, adormeciam Encharcadas de um sofrimento inusitado Suas corolas se retorciam no receptáculo floral Inclinando as pétalas entristecidas ao chão Executando a vida em profunda sonolência E, sem demora, o ruído das folhas secas Distinguiam o passo calmo e alongado Nas circunstâncias melancólicas do ser Era um andamento simétrico e medido O pé direito, leve, pisava em diagonal Tocando as folhas secas no túnel Com ordinário passo curto, lançava a perna esquerda Tocando nas folhas atrás da pegada dianteira Marcando uma progressão arrasada E empobrecidas pelo cântico do corvo. Era o cavalo branco do Rei Arthur Invadindo naquela hora o túnel das oliveiras No deslocamento suave, aéreo e natural Podia se ver os olhos avermelhados Lacrimando e caindo sob as ventas alargadas Ele gingava naquele andadura negro Contornava a cabeça e inclinava ao chão Com os cabelos extensos e caídos nas costas Já não havia mais arreios no animal E a cela trazia no lombo o Rei Arthur Com a manta completamente ensanguentada Na lateral se avistava a excêntrica espada E o cavalo entrava no túnel das oliveiras Com as boleteiras na coloração azul Marchando com calma, e recheado de agonias. Bem ali, o cavalo atravancava o ritmo Inerte, observava o curso da ventania Não se ouvia mais as quatro patas Naquele compasso nítido e frio Pisando sobre as folhas secas Ali permaneceu insensível à quadra Com uma forte rajava de vento que assoprou Apenas naquele recinto assombroso As folhas das árvores balançavam loucamente Retorcendo seus caules ora agonizantes Em delicados perfis insinuativos à queda Com vento assobiando acelerado Cuspindo gotas grossas das nuvens Um raio de tonalidade azul amestista Rasgou o céu naquela atmosfera a
tempestade com nuvens carregadas causou um percurso em zig-zag disparando um raio profundamente azul tal descarga em alta velocidade atravessou o céu descendo grande feixe luminoso no túnel rasgando as folhas verdes das oliveiras frutos desabando pela terra e retorcendo seus galhos o raio penetrava veloz
cingindo a cela do cavalo branco
arrombando com detonação alucinada era uma trovoada dos arcos do céu destacando fumaça entre as folhas no lombo jazia, Rei Arthur sereno e acochado nada escutava em segundo, veio a calma rebaixando o doido sopro fugiu pelos montes ocultou-se no céu nos fadários do universo celestial Deus O anômalo ferro cravado no tronco da árvore Lançava línguas desmesuradas de fogo Ora conjecturando no azul púrpuro Entre centelhas enormes e divinas No contato mágico do universo Suavizando o dedo iluminado de Deus Brilhava, reluzia em perfeita sincronia Como se fosse um coração humano No lado mais material das coisas A luz não cessava, o fulgor era irradiante No túnel mesclado das oliveiras Subiam naquele denso grau elevado Em partículas minúsculas e milagrosas Florescendo a condução entre os presentes Nada entendiam o Poder Celestial. Naquele local se erguia a dinastia divinal Alargando a plataforma da autêntica dinastia Do extenso reino coberto das razões infinitas Entre latitudes intermináveis das vias celestiais Assim, purificava em graus desconhecidos Lavando as meditações dos seres humanos Travando a atração de uma vida em sossego Advindo de cinco alongados invernais Ali, permanecia a espada no tronco da oliveira Quieta, soltando faíscas por todos os lados Relampejos compridos e azuis Outrora em forma de labaredas de fogo Coruscando raios da verdade e esperança Sinalizando a riqueza em valores Atravancada no meio do caule da árvore. A truculência do raio era tão colossal Golpeando fortemente a espada na cela Lançando-a ao tronco grosso de oliveira Enquanto a ave se embriagava em cabriolas Dando voltas no contorno da árvore E voejando na direção do cavalo branco O pássaro arremessou em sinuadas curvas Elevando-se verticalmente ao fundo céu Mergulhando ligeiro como um corisco Embrenhou-se no túnel das oliveiras Onde o admirável animal relinchava por várias vezes Açoitando com a pata direita ferozmente o chão Ergueu as duas patas dianteiras Empinando a cabeça e sacudindo os cabelos Partindo ao meio as duas barrigueiras. Assim, muito eufórico, o cavalo rinchou Penetrando entre as árvores E rebaixando o lombo ao solo O cavalo branco se ajoelhou ao lado Da lateral escura da grama seca Situada na curva do túnel das oliveiras Embebido de sangue em seu lombo A pelagem do animal era conspurcada Soltando rapidamente os arreios Ali caiu levemente o corpo do Rei Arthur Com o dorso virado à esquerda do ferimento E a cabeça encurvada sobre uma pedra Acolá, o cavalo botou o moço na própria montaria Afastando-se velozmente e relinchando Ele soltou um guincho e depois grunhir agudo. Com a cabeça sobre a pedra O Rei Artur não respirava mais Não havia mais compasso no coração E a sua vida não respondia na estação Em descompasso que fugia ao relento Apenas o raio cósmico da espada Ali, sinalizava luzes em pisca-pisca O corvo percorria em piruetas Observando o corpo do Rei Artur Voando rasante pela cabeça do mancebo O seu cântico transmitia noticias Com loucas acrobacias, ele não se cansava Refazendo fantásticos voos em círculos Difundindo-se a canção mais lúgubre Naquele espaço do túnel das oliveiras. A pele branda confessada na agonia, o amor não nascia Diante da localização do assento e a trilha de enfloras Não sublimava a fadiga do entardecer atrasado Por trás das cortinas finas de cristais da vida As luxuosas gemas cansadas jubilavam a vivacidade opaca Da esplêndida mulher de todo o reino hispânico céltico Cristalizando algumas galáxias na matéria escura Atolada de incertezas nas mãos atenuas sem segredos Era embargada no silêncio manifesto que cruzava No cântico do pássaro assinalado com toda presteza Deslindava os laços em torno das razões preliminares Exacerbando o tempero na busca imediatas locuções Açoitando o tempo-espaço naquela temporada Marcavam a letra musical das tristezas acirradas Desembarcadas nos desgostos ora aparentes. a busca incansável nas meditações acirradas não alivia as inúmeras ansiedades dos afetos em planejamento com sensações emocionais pede. transfigurando andamentos inexoráveis na inteira constituição dos painéis do cérebro construindo uma fase eleita da melhor forma arrumando o cenário com o desejo alternativa definida com resultado aplicando detalhes para cada cena o tempo não trás essas esperanças a rainha adormecia no banco do jardim à espera pelo Rei Arthur, era intolerável as três luas não, não retornam na pressa tão prolixo quão a rua iluminada do céu nascendo o desgosto, na aspiração ao léu O tempo marchava para frente Abrindo e atrelando novas dimensões Nos paradigmas referenciais da criação Inexplicável voltar o andamento Pertinente da bruta ilusão ótica dos eventos Sumário com todo o espaço do tempo Criam variantes no estado a quo Na grandeza física e matemática Na crescente evolução de paradigmas O dia é o perfil do tempo no orbe Envolvido e conexo com a vida É a proporção expressa e espacial geométrica Onde tudo gira, gira e gira no abstrato Proporcionando a explosão das matérias Onde o tempo faz simetria de eventos. Naquela última hora do venerando tempo não distinto A balada do pássaro de plumagem negra retorcia as marés Agitava as flores, mergulhava em voos pela cabeça da rainha E no vale de flores adiante, o corvo flutuava insolente Arrancava com o bico dezenas de flores perfumadas, Lançando-as sobre o corpo da linda mulher A rainha entorpecida não investigava as peripécias Insatisfeito, foi o miúdo mergulhar no grande Rio Douro No incomodo das sucessões dos períodos afogados Permeando o ladrilho das expectativas Afora, o vento suave descia na cabeceira Nos cenários atingidos pela canção Agilizava batendo asas sombrias Na captura de alguns alimentos Ali, ele imergia com rapidez e dote. Regressando o corvo pelo túnel das rosas Molhado, sacudiu-se sobre a mulher que sonhava Serenamente, esboçando novas dimensões Naquele cruzeiro adornado de pétalas Lançadas sob a cabeça e aleitadas no chão Manifesto aplausível de apontamentos Alentados pela nobreza de saciáveis gestos A gralha inquieta abria mais cânticos Com voos exímios e com acrobacias Sem sucessos, o pássaro regurgitou no vestido branco Obtendo resultados negativos e frustrados no labor Partiu o corvo pela lateral do imenso jardim Cantando e revoando por detrás do castelo O cântico estrepitoso se espalhava. Mergulhando no ar e produzindo piruetas Era uma assombração negra rasgando céu Como um relâmpago cortando noites pretas Voejando célere e batendo as asas Tão macias como uma folha seca que cai Nervoso o pássaro, arranja a perfeição no ar Proclama com inteligência as agonias Um grande mestre nos voos é o corvo Conhecedor profundo e ilusionista Noé conhecia a gratidão e astúcia do corvo Após as tempestades do Dilúvio O bondoso Noé abriu a janela da arca E exorou ao corvo que voasse em terra firme Trazendo provas do fim dos aguaceiros Razões para a continuidade da experiência. Notório como a beira do céu e a terra Há crendices, lendas e demais histórias Mitologias nas cercanias do corvo Com acepções das mais distintas eleitas O grego tinha o corvo de aselhas brancas E, certo dia Apolo confiou uma missão E o corvo acolheu o encargo de proteger Por todos os ambientes a amante de Apolo Exato dia, havendo uma chuva torrencial A ave afastou-se em disparada pela Ilha de Delos Voando com voos impressionantes Em todas as plantações de trigo No desígnio de observar a devastação Enfurecida pela chuvarada demente Todos os cereais banidos pelas correntezas. A ave abriu asas, e percorreu toda a Ilha Apreensiva com a destruição do cultivo, A mulher, amorosa de Apolo Abusando da ausência do corvo, o seu protetor Caiu em perdição aos sabores do deleite Traindo o Deus do Sol em demasia Agonizando no leito a cobiça do prazer Apolo surpreende a perfídia da amada Ela, com vergonha tenta cobrir o corpo Colocando as mãos na assombrosa nudez O Deus Apolo com desgosto e rancor Amaldiçoa por todos os milênios o casal Ao ver o corvo, Apolo aponta o arco de prata Zeus intervém, livrando da morte o corvo Irado, Apolo altera a pluma para a cor negra da ave. Ali, estava o apoucado menino Lozo Filho legítimo de um vassalo da casa real Orientando-se na canção da gralha O súdito seguiu o voo agonizante da ave E no bosque de curvas, entrelinhas Avistou bem acolá, o cauto garoto O pássaro agonizando em ágeis revoos Cantava estriduloso e batendo asas Mergulhando em voos rasantes Na tardança que ia consumindo Entre o anel amarelo da criação Por trás das desmedidas oliveiras Com desígnios de apresentar o panorama Acumulado na iminência das horas Tão atribuladas que o pássaro se comovia. Distante, e campeando debilitado no ângulo da arte Batia insistente o pássaro nas janelas dos minutos Despontando a única esfera da probabilidade Ao ingresso entre o vão do túnel das oliveiras Fantasiando o obstáculo inusitado da visão Na plumagem escura de suas asas Convidando o acanhado garoto Para adentrar na mensagem à frente Astúcia enfileirada dos ditames Tornava-se a ocasião emplacada Traçada no calendário das primaveras Não representava nenhum presságio Destemido e afiliado no reconhecimento Pintava o espaço em tons furtivos Colorindo o tempo com avisos disertos. Cismou o miúdo, percorrendo o túnel avivado de árvores Apreensivo com as gemas grandes no rosto Afastando as folhas verdes acinzentadas das oliveiras Outrora as secas levadas pela atmosfera Turvas e aparentes na silhueta E transportando a cantiga conexa da ave Exibida no ar em cambalhotas conspícuas Medição larga e aclarada dos termos Era um mensageiro de Deus vivo Senhor dos Exércitos e Sabedoria Analisando o corvo em trajetória acertada No fiel cumprimento das mensagens Olhava anjo celestial da armada Sentado no galho da oliveira Aguardando as derradeiras encenações. O nino notou o fulgor azul deslumbrante Da grande espada cravada no caule da árvore Entre mil feixes de luzes azuis Abrilhantava o ambiente bendito No sol reluzido pela ave encantada Transferindo a criatividade e saber Na propulsão dos remendos da cura Seguia à frente com rasos voos arguciosos Sublinhando a magia arrepiante das horas A ave comboiava em desespero alucinante Sem descanso, ela cantava, cantava Subindo e descendo em reviravoltas Planando com alvoroço o excêntrico Alicerçadas em prontas pontuações Disseminadas por todas as lendas que detêm. O corvo, ainda revoando e cantando Despontou ao menino a suntuosa espada Com os feixes de luzes do encanto Refletia as tonalidades na escuridão Sapateando mil impulsos coloridos Era a atração viva no túnel das oliveiras Com a espada cravada no caule da madeira Ali não havia nenhuma margarida-rasteira Unicamente uma pequena fumaceira Esvaindo ao longo do túnel, altaneira Era uma mancha em poeira vermelha Diluindo as vísceras daquele monteiro Certeiro na cruzada das horas abatidas Com geleiras sobre os arbustos na soleira O desgaste passava na maré derradeira. Bem ali, distante do lume da espada Deitado nas folhas secas de oliveira Entre algumas flores murchas As gemas cerradas, partiam na sombra O sangue não oscilava mais nas veias A face pálida com o corpo frio Imóvel, ele não lagrimava mais Indo embora as chances de uma nova vida Jazendo na poça de sangue o do Rei Artuh Com a barba longa e viril retorcida Tornava os fios maleáveis e intocáveis Desfigurando o bigode extenso Entre os lábios carnudos e ressecados Com a testa retangular com duas entradas Mantinham as sobrancelhas espessas. e a face formosa chamejava na pele tenra tão bela e linda assim, era a musa imaginando sentada e com cordiais cabelos caídos, e sobre os ombros ela ambicionava a dedicação que um certeiro dia, acautelou manifestar a compaixão mais bela ajuizada entre um homem de guerra galopando em seu bom cavalo branco ele é o afável e brando cavaleiro celta o dominador culminante do combate espelho generoso da Grã-Bretanha e com armaduras e uma espada ordenava a paz para os gentis abrigando os desgraçados desposados dos terrenos era um anjo benfeitor bom amor da bela senhor do fortim na pele tenra chamejava formosa a face e O garoto exclamou, e pronunciou: - Salve-me, meu Deus! É a espada do Rei Arthur! Ó quão é grande o meu Deus! Rei da sabedoria dos céus Louvado seja Deus, pai eterno de Vossa Majestade Inacreditável! Eu não posso crer no que eu vejo Concludente, o menino rendeu graças ao corvo A luz etérea luzindo, era na cor azul-cobalto na penumbra Lozo arregalou os olhos com espanto Ó meu Deus! Um anjo sentado na pedra Onde está o Rei Arthur e o cavalo branco? Virando as pupilas com rapidez Nada apareceu ao prestígio da hora Ouvindo o corvo cantar insistente E realizando acrobacias inigualáveis Lozo seguiu pela lateral do túnel a ave. Prostrado ao solo avermelhado A capa e a armadura o protegia Das impurezas da terra nua E o menino assustou-se, espalhando Na voz afinada em bom tom Ajoelhou-se tocando no corpo inerte Não obtendo reação imediata, exclamou Meu Deus! É o Rei Arthur Abordando o corpo, implorou Rei Arthur! Acorde! Acorde! Rei Arthur! Sou eu Rei Arthur, o menino Lozo Desperte Ó Rei Arthur, por favor! A rainha espera por Vossa Majestade Acorde agora, depressa, por favor! Não durma mais, por favor! Com pressa, Lozo abriu o caminho de volta Avizinhando-se do castelo real, notou a rainha no jardim Com as gemas cerradas, e a mão no queixo Ali, adormecia a mais preciosa rosa da Espanha E o garoto Lozo, em um só ato, gritou: -Vossa Majestade! Soberana de toda a Espanha, acorde! -Ele chegou com o cântico do corvo e a luz infinita! -Eu vi a força crística na espada de Vossa Majestade Real! Insinuando com perseverança, soluça Lozo: -Acorde minha Majestade, por favor! Prontamente, os brotos azuis assobiaram na combinação Ventanias cortando as montanhas no ápice Desceu em prontidão avassaladora Uma brisa asseou os longos cabelos amarelos da noite Era a gênese celestial compartilhada das eras Espelhada, alada, desarmada, enfeitada e doce No destempero múltiplo e inconciliável da mente Assim, ela indagou com intensa surpresa: - Lozo, o que me dizes não vem à realidade. Será um sonho? É inteiramente improcedente as tuas locuções -Eu não tenho como validar as suas palavras Saiba que há momentos conflitantes E as crianças imaginam situações adversas. Apreensivo, insistiu o garoto, alertando: Por favor! Acorde minha Rainha O dia está encerrando com a luz Por trás das montanhas entristecidas Por misericórdia! Acorde minha Rainha Acredite nas minhas singelas palavras É tudo de mim com pura fidelidade Eu vi o cavalo branco do Rei Arthur Com o lombo todo ensanguentado Eu vi Vossa majestade! E falo a verdade - Vossa Majestade! Ele chegou! Ele está aqui! Eu vi o seu gládio luzir no túnel das oliveiras Eu juro que vi minha rainha da Espanha É apenas a minha visão verdadeira É tudo o que eu posso afirmar. Ainda com sono, despertou a rainha, e disse: - Não tereis insônia no reino com vozes do além, meu Lozo Os teus predicados se soma a uma ampla miragem O meu amado Rei Arthur, ainda não abocou em Salamanca Tão pouco não beijou as margens frias do Turiá Muito menos Valência ouviu as pisadas do cavalo E nestes três dias, a espada cruzará o reino de Valência A certeza pisoteia os nossos corações, inquietantes Arquiteta dimensões infundadas no além Às vezes, arde nas visões com duplicidade de ideias Insurge folheando o mel das abelhas Doce, doce como fel na escuridão da incerteza Maltrata a língua sem atestar a posição do ar Ensurdece os tímpanos com mil farofas E deixa a mentira corta todos os caminhos. A rainha falando com o menino, articulou: Lozo, a vida é um quadro de muitas lições A cada dia o sol brilha dessemelhante Acorda enfurecido com os braços entre as nuvens Tomba e rui nas esquinas verticais do céu Assombrando outros e incluindo motivações Nem todos os sonhos são oportunidades Nem todas as oportunidades tem a verdade Raiada no sino que debruça no crepúsculo Cospe a lua enamorando a estrela guia Imagina, sonha e faz divisões particulares Com a nudez que relampeja nas noites Tão frias e molhadas de sofrimento É solidão vasculhando o íntimo Obtendo centenas de sonhos e fadários. Verás a carruagem de fogo com cinco mil armeiros Ele leva a estrela guia de ouro nos caudais nobres Não virá hoje. Nem com a lua dobrada no dorso do cavalo branco. Eu verei o meu sublimado do coração e raízes azuis Apenas no sexto sol da meia noite de todo o prazer Descansando no meu leito, a exaustão peitoral das batalhas Abrindo novos horizontes para uma armada. Ainda preocupado, Lozo apresentou razões lógicas Ao embate de conveniências, dizendo: - Se Vossa Majestade escoltasse a agonia do corvo Não duvidaria das orações de um miúdo plebeu Que apenas serve com gratidão ao vosso reinado Confiando na pobreza e préstimos da minha casta Rogo à Vossa Majestade que o corvo me mostrou A essência da luz infinita da grande espada Venha comigo Vossa Majestade! Eu vos peço! Eu imploro com a boa verdade de um menino Ele chegou! Eu vi a luz divina azul na espada O azul cintilando nos meus olhos. Venha Majestade! Aceitando o convite de Lozo, ela afirmou: - Hoje, eu sonhei com um corvo ferido na asa direita O corvo insistiu em me pedi socorro com o seu canto. O garoto, notando o vestido da rainha, indagou: - Vossa Majestade! Não vês que o vestido branco está maculado? Ela abaixou rapidamente a cabeça, e exclamou: - O meu vestido está marcado pelo vômito de um corvo Ó meu Deus Soberano de todas as galáxias! Senhor guerreiro das tribos do reino Não vos derrameis desventuras aqui Vamos Lozo! Rápido. Eu quero avaliar a luz que tanto dizes Apressados, adentraram na passagem coberta de oliveiras Na sétima curva de coloração gris ora tenebrosa Investiu o pássaro, seduzindo com o cântico Era o corvo abrindo caminho em revoadas Irrequieto e um tanto desassossegado Desnudava na sombra do acesso ventilado De repente, a iluminação realçou à longa distância. Feixes cósmicos, ali irradiavam num pisca-pisca A rainha apreensiva abeirou-se do inusitado E exprimiu espanto, articulando em voz alta E sua voz eclodia por todos os lugares: -Arthur! Arthur! Arthur! Arthur! Meu rei! Veja Lozo! A espada soberana da luz divina é de Arthur É o meu grande rei Arthur. É o meu amado cavaleiro! Oh meu Deus! Oh grande Arcanjo São Miguel! Ajude-me no pedaço desgostoso e infeliz destas horas O garoto muito sobressaltado, disse: - Vossa Majestade! Ele está ferido! Há sangue por todos os lados Eu vou buscar ajuda, agora, minha Majestade! Caído sob as folhas secas, ali, permanecia Jazia o corpo do rei na paz com o canto do corvo Ora alimentado pela força energética das oliveiras. A anômala espada cravada no tronco grosso da árvore. A mão direita apertava a esfinge dourada da rainha Era o único presente que Arthur carregava no bolso Memorável flama do verdadeiro e terno amor Distinguindo sem soltá-la no apreço da donzela Ele, ferido brutalmente na batalha de Granada Fingiu-se de morto, e escapou pela Serra Nevada A rainha se ajoelhando perante o Rei, disse: - Acordas! Ó meu bondoso Rei Arthur! Amor do sangue do meu sangue és tu Não aspiro rosas vermelhas nestas badaladas Mas, a sombra da púrpura dos meus olhos Derrama como um rio dentro de ti Ó meu guerreiro da luz bendita! Acordas do sono que embriaga a minha vida Não ambicionei a tua chegada aos lençóis tristes. Inerte, o rei Arthur não correspondia à realidade E o leito nas folhagens adormecia a alma A canção do corvo na extremidade do tronco Perfazia todo o estribilho sem interromper Com o olhar agonizante da linda mulher As mãos se tocavam em apuros E os lábios na angustia repetitiva, bradava: -Acordas! Acordas! Meu primeiro e único soberano! Abras os teus olhos dentro dos meus destinos Não vás sem a minha vida amarga Sobrenadando no desenho do meu ser Acordas meu extraordinário soberano! Deixe-me guiar a nau em logradouros de pedras Abreviando os contornos das aragens Deixe-me percorrer em tua louvável sombra. Os minutos pisavam nas veredas endurecidas Com trilhas assombrosas surgiam à frente E a rainha não se curvava em pronunciar: - Acordas! Ó meu bondoso rei Arthur! Vens ao meu castelo e abres o meu paladar Asseias o meu corpo com o mel da divindade E me purifica na ardência das chamas Arthur! Arthur! Arthur! Arthur! Meu rei! Sinto-me perdida e desfavorecida nesta hora Na essência das volições sem precipitações Que a vida seja o cadeado intransponível dos meus olhos Abrindo as aurículas do meu destino Não temes a covardia lançada na sorte E não vejas tu que eu sou a tua rosa azul A única que não seca e não se perde na sombra. As mãos da rainha acariciavam a face do rei Afagando as dores do sono profundo Implorando no lapso daquele tempo, exigia: -Rogo-te que não dormes! Ó meu guerreiro! Dos milênios aventurados por inteira paixão Não me desampares neste dolente calvário Livrai-me das tormentas que desabam Eu te exoro na última sentinela do Arcanjo! Nem as trevas ferozes dos mal-intencionados Não tentarão apagar as vielas das flamas Ó meu grande império! Ó meu grande rei! Meu cavaleiro das Doze Tábuas em Cristo! Eu estou sempre firme e minha conduta se eleva Nestas dúbias perspectivas que avançam as horas Não haverá fraquezas que se habilite no amor. Com lágrimas escorrendo na meiga face A Rainha notou o fulgor da espada enfiada Ali, no tronco da oliveira, ainda chamejando Rapidamente levantou-se e retirou a espada Com as duas mãos segurando a espada A rainha elevou o gládio à altura da cabeça Fechando os olhos, evocou em voz alta: - Divina luz que expande entre o sol e a noite Sagrada no véu dos meus acontecimentos Eu não sou digna de que entreis na minha alma Agachando-se com a espada alçada à cabeça, exorou: -Curvo-me diante do Altíssimo Poderoso Mestre E minha alma é consciente das gratidões Mas, não é alinhada da pedra preciosa E minhas alfaias não detém nenhum valor. Evocando o Altíssimo na oração, deprecou mais: -Ó meu Grande e Poderoso Mestre! Senhor dos céus! Não tardeis! Vejas que vigora o fanal do Altíssimo! Desse nobre Altar do Supremo Arquiteto, nada eu sou E me prostro na cadência de Vossa disposição! Refugie-me agora na brasa da Vossa Santidade Doando-me o tríduo da força que anima No augusto Altar dos Juramentos. Eis-me aqui Afiliando a união ao amor fraternal de vosso irmão Ó meu Arcanjo São Miguel! Por que me abandonastes? Enevoando os meus olhos e me deixando infeliz! Envia-me a Legião Divina na minha precisão Faz-me na missão desenhada e articulada da calma Reconheças a minha voz que brama nestas altitudes Realizando aqui a tua grande hierarquia. Ali, a rainha em conjugação com o compasso Demarcava os mistérios do esquadro Na obediência e triunfo ao Onipotente Comboiando os traços da árvore da vida Esculpida na seiva elementar dos meios Nos três graus do cumprimento dever Na posição central que divide os olhos e a espada A rainha toda fulgurada pelos raios do gládio, suplicou: -Moriah! Moriah! Abras o caminho de Salomão Erigem em tuas mãos doces sabedorias galácticas No auriverde mais augusto desse ápice Assomando as maravilhas de todo o poder Por todo o Templo do rei de Israel, vossa casa Abençoando toda a humanidade ao templo Será sempre o simbolismo da construção perfeita. Assim, o universo foi criado nas dimensões Aperfeiçoando o pavilhão de Isaque O lampejo se redobrava no triângulo unido ao chão A rainha abarcando com as duas mãos a espada, disse: -Revela-me a via menos dolorosa da existência Entre os sete mares, debaixo das sete cores do arco-íris Ascender-me nos sete planetas com sete arcanjos Abrindo o candelabro para a vida do rei Arthur Não deixe que a tua filha desabe na ilusão das horas E que os minutos não avancem no infortúnio Apregoando as diversidades constantes da mente Eu não serei digna de segurar esta espada com fulgor Mas, sou digna de venerar vosso nome em todos os milênios Tenha-me em cada chaga de Cristo! O grande Mestre! Na boa vontade dos céus e na Trindade do vosso corpo. -Ó meu Grande e Todo-Poderoso Mestre! Que separa a luz do sol da minha escuridão Afastas os cálices execrados do tabernáculo Envolva-me na placidez da tua sabedoria e poder Se o rei Arthur honra vossa carne e palavra Ó grande Centurião do Universo Eterno! Dá-me a Luz Perfeita e a prosperidade das eras Desperta o guerreiro do sono que se alastra nos meus olhos Por todos os círculos anti-horários que me consomem Dá-me o meu único Rei e dono do meu coração! Tenhas compaixão da serva que te implora! Peço-te pelos ventos que assobiaram em Moriah Que Abraão pisou e nomeou com a fé divina Abrindo o vale de lágrimas por todas as elevações Refugiando-se no teu amor toda a sabedoria. -Tu és o princípio maior e terno de vossas vidas. Lanças agora, a fortaleza no meu único lenço azul. Com pétalas perfumadas do meu último encontro É o desenho mais salutar do meu sentimento Escorrendo das minhas gemas aprofundadas Eu não permitirei que as forquilhas aniquilem o véu Das dores soterradas no meu peito, nasce o meu amor Ó meu adorado crístico amado Jesus Cristo! Redentor de toda a salvação humana! Por que abandonastes o meu rei nos campos de batalha? Tu bem sabes que a luta é a redenção do vosso nome E a busca pelo Santo Graal, será vencida Lavrando-se a fé e a paz na cristandade Ó Altíssima Luz! Aventuradas orações de letras de ouro! Desperta senhor, o homem! A tua própria criação. Acordas o vosso pequeno servo de Deus vivo Não vês que ele é o único e fiel guerreiro! Lesado foi, e derramou o sangue em vossa causa Reconstruas a geração de vossa alma neste mistério Ó Abikaley Azadran, sangue acalorado do rei Arthur! Por que não socorrestes o teu único filho celta? Ó Abikaley Azadran! Onde estavas com a tua alma? Eu vos imploro na difusão de vossos olhos! Pelo rei e grande profeta do povo de Israel! Que interceda o Rei Davi das doze tribos Levando para dentro vale do rio Nilo As minhas lamentações suadas em sangue Ó grande generoso senhor Abikaley Azedran Não vos deslembrais do harpista Davi Ó Abikaley Azadran! Onde vós estais que não escuta? Davi! Davi! Guerreiro do vosso Pai eterno Salve! Meu Rei Davi, Rei de todo Israel Abras o baú sagrado da devoção Deixe-me banhar no calor da piedade Deixe-me ouvir a Arca da Aliança Exorando as súplicas diante dos querubins Não me abandones Abikaley Azedran Eu depreco as tábuas sagradas na minha face Ilustrai o meu coração humilhado Esmagado e danificado das precisas horas Não me abandones, Abikaley Azedran! O que vós fareis para alcançar o milagre Na extrema e mais lacrimosa das horas Aqui eu estou, prostrada aos vossos pés Sem forças, apenas com a minha fé. Ó Abikaley Azedran, Eu te imploro! Não me abandones, Abikaley Azedran! Se eu vos chamo, é por obediência Se eu vos peço e oro, é por amor Se eu avoco o teu nome, é urgente Se eu assumo essa responsabilidade Eu aspiro que a vida seja mais longa E a caminhada não seja tão traiçoeira O teu filho Arthur, certo dia me segredou Porventura, se eu estivesse em apuros Avocasse na extrema badalada O bem aventurado nome do seu pai E, hoje me presto a socorrer do arcano Abrindo as têmporas nas quatro estações Abikaley Azedran! Não me abandones! Dê-me forças com regeneração divina neste passo! Acasala a minha fé neste tríduo Ó grande Abikaley Azadran, meu senhor! Não derrama nos meus lábios a água tofana Cobre o meu corpo com o altar dos perfumes Não deixes que a taça de amarguras me abata Asseverando tudo com a alma do mundo. Naquele instante, a rainha retirou do bolso o lenço azul Abriu a armadura, acariciou a face e o peito lesado Lagrimando, ela disse em voz alta: - Abikaley Azadran! Socorrei-me nesta piedosa hora Não abandone o meu rei Arthur Não permitas que ele parta sem o meu coração Ainda que seja tarde, eu rogo e peço clemência Entre as infinitas horas que o tempo não marca Abras as gemas desse meu eterno amor Derramando na cadeia de flores a minha estima Ó Abikaley Azadran! Não deixe meu Artur ir-se embora Com o vento, afasta este cálice de amarguras Onde vós estais Abilkaley Azadran? Que não me ouves e não ver a minha precisão! Derramas em mim a água bicéfala. Eu sofro a cada minuto no além E padeço na aflição dessas badaladas E lagrimejo em permeáveis segundos Onde vós ficais Abilkaley Azadran? Qual o muro que vos separa? Qual a corrente que me segura? Socorrei-me nesta contemplativa hora Não desampare o meu rei Arthur O teu único filho e rei dos bretões O sangue vivo derramado aos celtas Vens agora nesta última hora Navegando com a estrela de nove pontas Trazes o fogo sagrado em tuas mãos Se tu não vieres, eu subirei na cabeça da esfinge Eu gritarei loucamente pelo nosso Rei Salomão. Ó minha Virgem Santíssima Maria! Eis me aqui aos vossos pés novamente Acalorando-me nesta aflição desmedida Ajudai-me! Dê-me o crucifixo do filho Ó minha grande mãe, Maria de Nazaré Eu sinto todas as agonias do teu filho Aprisionado e julgado por Pôncio Pilatos Entregue no martírio do pretório da Corte Esbofeteado, nada disse, apenas sentiu a dor Ó minha Virgem de todas as mães do mundo Ajudai-me! Acudi-me por divina piedade! Na precisão destas derradeiras horas Em que o filho Onipotente foi encarniçado Suportou os insultes e dores da cora de espinhos Padeceu agonizante com os espancamentos. Maria! Maria! Filha de Santa Ana e São Joaquim Eu louvo o seu manto Sagrado com minhas lágrimas Vens agora em meu impaciente socorro Louvado seja o nosso Jesus de Nazareno Que não se defendeu e morreu por nós Notando a selvajaria dos judeus e romanos Crucificado na Cruz de todas as agonias Na mais horrenda injustiça do Sinédrio Ó minha Santa Maria Imaculada! Eis me aqui aos vossos pés em dor Minhas mãos suadas tremulam e agonizam Ó Virgem Maria! Eu apelo a todos os poderes Não abandones o meu único Rei Arthur Homem digno e bondoso em vossas terras Filho primogênito de Abikaley Azedran Ó minha eterna Mãe Santíssima Maria Interceda na vida do meu Rei Arthur Acolhe-o como o seu filho também Livra-os das dores e sangramentos Retira o Rei Arthur do Tribunal de Pilatos Defenda-os com a vossa Santidade Não os deixe que os cravos o torturem E nem os espinhos vazem na cabeça Ó minha mãe Redentora do mundo Tu que acompanhantes até o Calvário O sofrimento do único filho de Deus Derramando lágrimas pelo caminho Na via dolorosa da morte e paixão Do Jesus de Nazaré, o menino da Galileia Dê-me forças extremas nesta união. Era um corte com mais de dez centímetros Que abalava os brotos da majestade da Espanha Lutuosa, cerrou a visão ao magistério da luz Ajoelhando-se perante o rei, lagrimou gritando - Meu Deus Supremo! Meu Senhor soberano! Minha Virgem Santíssima Maria! Porque me entregaste assim o meu Rei? Eu não acredito no que eu vejo, Ó Deus! É tudo, tudo o mais injusto na minha vida Rogai minha protetora mãe de Deus! Será verdade os que meus olhos veem ? Não, não, não, eu não aceito isso Ó meu Rei Artur, eu fiquei tão longe de você Não se vá! Eu te esperei por três luas Arthur, meu Rei, tu és minha vida. Naquele instante, as horas se consumiam Com o cântico do corvo no túnel de flores A intolerância inclinava no portal da fé Titubeando no sacrifício lacrimejado Das presilhas controvertidas sem o sol Eram aquarelas lavradas em cada sino Pulsando na rodovia do desespero Deprimindo o quartzo da desesperança Na vestimenta totalmente desfigurada Imperava e açoitava verdadeiras ventanias Reflexionando os polos da dura existência Confeccionada na turbulência dos furacões Dizimando em pueril adversidade do contraste Prolongada nos respingos compassivos da alma Escorrendo cristais azuis na fenda aberta. O meu grande e poderoso Deus! Diante do amor, eu não sou culpada, Acendei as gemas do meu único amor Eu não quero padecer em lágrimas de sangue Ó meu Senhor Jesus Cristo, eu exoro! O acaso não é perfeito, não existe Não haverá fendas para as coincidências Hoje, eu escrevo no espelho da minha alma As mais duras aberturas dos meus pesadelos Assanhados com a ventania enlouquecida E a consternação que carrego dentro de mim Não me ponhas em becos sem saídas Dai-me forças para lutar e suportar Os devaneios naufragantes das eras E as sombras dos ciclos que advém. E proferiu em voz altiva: -Meu rei! Meu singular medalhão de minha vida Minha eterna aliança instransponível Provastes que me amas neste duelo terrífico Trazendo na mão direita a minha efígie dourada Lembrança do nosso último encontro da lua cheia Perdoa-me por ter olvidado o canto do corvo! Adormecida, eu sonhava com o guerreiro celta. Mesmo assim, infeliz, eu fiquei com a rua partida E vi renascer nas passagens as rosas azuis Deixadas pela tua grande ternura por mim Abras a tua visão e me beija como dantes! Não. Eu não permitirei que os maometanos o devorem Desbravando a profundeza da minha serenidade Nem os povos da terra irão apartar o meu coração. A rainha completamente calorosa, exprimiu: Arthur! Meu sublime cavaleiro de guerra! -És tu o salvador da Península Ibérica! Curvo os meus singelos rebentos em teu ferimento Verdade em verdade, somos filhos do único gênio Eu sou a única majestade da Espanha Real Acordas! Acordas! Ó aguerrido da luz bendita! Eu não saberei olhar as estrelas da abóbada celeste Sem a realeza dos teus olhos dentro de mim Vens em meu consolo! E não me deixes tão só! Perdida e desamparada nas noites sem estrelas Guias o meu povo no cruzeiro da benignidade Cavalgas nas terras do meu inteiro coração Distribuindo a justiça por toda a Península Ibérica E navegas o teu espírito na comunhão da Trindade. -Sem a tua presença no meu coração. É doloroso Não me desampare nesta hora tão preciosa! Não saias tu do meu coração, Ó Arthur! Todo o encanto vem da força e poder do Altíssimo Louvai o futuro planejado por teu criador Que tu vivas a glória e todas as conquistas! Acendas agora as velas dos meigos renovos! Eu te amo imensamente Arthur! Meu único rei! Minhas lágrimas caem em teu peito E lavam as tuas luzes nesta hora apertada É a minha extraordinária prova que eu te amo Abalizando o meu sentimento dentro de ti Três dias e três noites sem lua, eu te esperei E aguardei da minha janela a esperança Tão florida com o cântico dos meus pássaros. -Ai meu rei! Não partas tu sem a minha aparição! Não vás tu embora, deixando a prole presa dentro de mim! Venhas! Acordas com os meus prantos! Arthur! Arthur! Essência da minha vida! Se não acordares com as minhas lamúrias! E se tu não abrires as gemas nesse instante Com os meus cristais de lágrimas em teus olhos Eu não viverei mais aqui, se tu fores para o éden Irei contigo por toda a eternidade que há Abras a tua visão e me beija como dantes Eu te amo Arthur! Não me deixes por tudo que é sagrado Meu único rei de minha existência Sentes os meus derradeiros pingos de amor Desabando em teu ferimento vivo e tão acalorado Eu te amo inteiramente Arthur! Meu único rei! Lentamente, caía nos globos oculares do guerreiro Gotículas benzidas de prantos salgados E de súbito, o rei Arthur acendeu os lampiões Compreendendo a face vermelha da rainha E a mágica da existência abrolhou Fechando a colossal ferida do filho de Deus Cingiu a rainha, beijando e cantando Grande Arquiteto E dando graças com louvores ao Altíssimo Não delongou as promessas daquela primavera Gemaram pingos de cristais na cicatrização do Rei Distinguindo na força excepcional da inclinação Foram capazes de renascer na ampla inclinação Sarando com zelo os telhados da pura fé E, sem demora, a carruagem abordou no túnel das flores Levando a rainha e o grande rei Arthur. Prosa poética do Romance - REI ARTHUR - EM BUSCA DO SANTO GRAAL. Cujo andamento final está bem próximo. http://www.shallkytton.com/visualizar.php?idt=2496514 Meu amor! Não fique triste assim http://www.shallkytton.com/visualizar.php?idt=3854468 É um dos trabalhos que adoro escrever e dedicado com zelo a poeta Escribalice, dona desse pedido que muito me honra. ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 31/07/2013
Alterado em 30/12/2019 Copyright © 2013. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |