Luz dos meus olhos
E vai o entardecer nas afinidades descendo no horizonte ladeirento prescindindo a temporada do dia alegria que um dia eu acreditava abarcar o meu transporto azulado arraigando no imo a doce paixão do meu verdejante que não expira nunca falece nos dúbios alicerces e cresce na manhã do contemplar é súmula de todas as ideias planas de tamanha gratidão gera emoção no meu albor silencioso e gracioso desfrutando o pêndulo das adições são somatórias que tanto animam a luz cruzando os meus trigueiros sem congelar a autoridade do chão vou parti, dissipar a lira no cântico proferindo o verbo na boa direção acomodamento lacônico não tem na plataforma, eu posso conduzir o estreito no amplo inconfundível é a meação da brasa nesta divisão encantamento que indica e aparece daquilo que a gente sempre possui e sai em mais ancoragem sem ater a busca auriverde por viver, viver e no meu querer, hoje eu vou ter o que passa no céu e apenas vejo indicada para o meu certo apogeu ela é a inspiração real bem vivida nesse amplexo duradouro, é ouro primado das dicções do meu Eros eu vi a alvura de vestido que luzia branco, longo e branco da nuvem pisando macio nas areias de neve chocando o meu vento na agonia era tão contumaz que me refugia nas tais encurvas no tom do leite purificado nas minhas intenções que sulcava na praia do empíreo trazia a áurea em simples versos letras da cor do floco de algodão seria o meu coração com atuação admirando a beleza pura repassar óculos da boca da noite no arrebol ela apenas me olhou e pressentiu a badalada do meu coração assobiando o compartilhamento duma singela companheira augusta dessa paz no sorriso colorido e cabelos ventilados cingir com afago o seu olhar docemente e saiu mil afetos entre dois arranjos cósmicos, ora adjudicando um cateto cravei a flecha na donzela e vinculei esta seta de letras um intenso dardo de mil ternuras nasceu na essência acalentei o prumo inesquecível da chama oceânica dos olhos verdes e abrolhas castanhas, eu pensava tão meditado, ousei na sua janela a cor do ébano consumindo completa meiguice que realça nela ajuizei o contorno que toda bela mulher gosta alterando louvores que dimanam das almas raiei, beijei os delgados lábios cor de rosa submergindo no céu azul da boca o mel deparando os versos nas línguas nossas zurzidos em brasa sabores, tragamos os longos e cercados abraços no fim de cada olhada, amada, é adorada uma deusa da lua, ela é toda nua pura, cândida em meus anseios com um vestido longo branco remarca a estrela de um dia aduz e seduz com arrimo o meu calor que ensaio pelo amor dela, assim eu agrado em duplo eu sou a brandura da sua brancura de noite e dia em integral meiguice sou teu amor Recebo com préstimos valiosos e agradeço, As afáveis letras do nobre poeta Jacó Filho, abaixo. Escondo-me em ti pra não ter esquecimento, E nossas almas se fundem pra sermos um só... Quando me entendeu em função do amor maior, Disse sim, em nossa cerimônia de casamento... Juramos fidelidade contemplando o firmamento, E dando graças a Deus, ao sairmos do caritó... Música de fundo com sax ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 04/08/2013
Alterado em 05/08/2013 Copyright © 2013. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |