Ansilgus em versos
9:00 horas da manhã, 01 de setembro de 2013 Recebo das mãos do Capitão dos Portos do Maranhão A documentação legal para zarpar com destino certo E certificada pelo Grupo de Vistoria e Inspeção – 08 Outorgando à minha “Caravela Shallkytton”, o tráfego Além da habilitação renovada como Capitão Armador Encontra-se devidamente hábil para ingresso no mar Com a maleta na mão direita, corrijo o distintivo na manga E coloco os quatro belos galões dourados no jaquetão Cujo uniforme branco se revela a cor da paz Ajustando o chapéu e pondo os óculos de sol Levanto âncora do Porto de Itaqui Da baía de São Marcos Aqui no mar, eu sou a maior autoridade a bordo Com poderes e inúmeras responsabilidades No comando desta famigerada embarcação Eu tenho todas as atribuições de operacionalidade No consenso com a política global do Armador Afiro no painel eletrônico a vela quadrangulada Arrumo as velas triangulares, obtendo mais velocidade Passo uma vista célere no convés vazio Noto as velas tremulando com a cruz de Cristo E distribuo ao mastro principal, o sensor magnético Recarrego a cana do leme nas manobras automáticas Da ponte de comando, observo as fotos da bela Toda airosa, gentilmente rindo para mim sem um fim. Eu, eu sou o Comandante Master dessa operação náutica Na mais afamada caravela onde o mar não para Balança e faz mil sacolejos nas correntes tortas Conheço bem a posição da caravela o tempo inteiro Sem exagero, sou o primeiro a cruzar este Atlântico Azul, verde mar, mar azul bebendo toda a minha visão É público que a vida de marinheiro nunca foi fácil Sem riscos de naufrágios, é uma embarcação de ponta O demasiado controle parece mais um joystick Com recursos tecnológicos jamais vistos em náutica O leme totalmente por controle remoto, avança Velas acionadas com dispositivo de rádio frequência Casco feito de pinho com conexões eletrônicas de lazer Disparam notificações com antecedência do perigo E possui uma sofisticada Ponte de Comando Com dez visores com câmaras fotográficas e filmadoras Alcançando até cinquenta milhas em tempo real Daqui invento o meu simples abrigo no mar sem rastros Embainhando a espada com cabo de ouro Luzes faiscam dos gumes de esmeraldas Aqui não tem regulagem de velas por carrinho de escota Suas funcionalidades são por controle remoto Depressa, estudo no painel as Cartas Raster A de número 411 já ficou para trás. Recebo agora do Centro de Hidrografia da Marinha A última Carta Raster nº 930, disponível, em atualização Não vou mencionar qualquer descrição náutica Pelo motivo de não informar a minha direção final Confiro imediatamente a Tábua das Marés Soa um alerta, um e-mail vibratório no comando É a bela nina, indagando o motivo do meu sumiço Dou um riso e giro os olhos à direta Ali, a silhueta está sorrindo na foto para mim Paro. E leio o Aviso aos Navegantes Observo o Datum selecionado do sistema Rapidamente abro os arquivos BSB e KAP Extraio do arquivo ZIP baixado no "Download" E transporto para o navegador No formato NOAA-BSB versão 3.0 O mar agitado se enfurece com as ondas gigantes No teclado aperto a tecla Roda de Leme A bandeira treme no alto do mastro principal Inclinando a proa no deslize das ondas e ventos Pancadas violentas e dobradas sucessivas Eu sinto a maior tormenta entre o mar e o céu Ligo o dispositivo remoto no painel tridimensional O mosquetão abre os chicotes dos cabos Aciono o mordedor que não deixa o cabo correr Controlo a mareação, manobrando na direção do vento. A Força Vélica comprime e libero o estai da ondulação Foge para a esquerda no painel o Barlavento A embarcação dança e mergulha com a proa Subindo e descendo naquela insanidade oceânica De outro modo, enraivece as ondas na popa Eu sinto o Abatimento da nau em desespero Meu Deus! Meu protetor dos Marinheiros! Ajude-me a sair desta Arfada! Eu vou aproar! E será agora mesmo! Teclando a letra no sistema da cana do leme A transversal da primeira vela, depura o vento E a famosa embarcação ruma ao oposto Noto com o binóculo o sinal luminoso a 27 milhas É a luz do Farol na Paraíba. Estou próximo do acaso Volta aos termos pacíficos, a grande calmaria Entre eu e o mar insubordino A tarde vai cerrando o brilho nas águas A câmera três instalada no cimo do mastro principal Apita sucessivamente nas horas Seguido da voz de comando do programa E dispara: “Terra à Vista – Fernando de Noronha” “Geossítio nº 4: Morro do Pico Latitude: -03° 50' 34,2" S - Longitude: -32° 25' 29,8" O “Navegabilidade ótima, sem modificações” Eu não acredito! Preciso abonar com os olhos. Desponto da Ponte de Comando E me aboco ao alto do mastro principal Passo o cinto de segurança no tórax E fecho o compartimento oviforme O elevador me deixa no cesto de vidro Na altura de cinquenta metros E dali, eu posso conferir tudo, tudo Com o quadrante e o binóculo mega de visão noturna Eu confirmo, É Fernando de Noronha mesmo! E por fim, aciono o GPS do meu relógio Clarividência é positiva. Adorei! Daqui, tão só medito a solidão dos mares Viajando interminavelmente ao difuso céu e mar Novamente, eu verifico o tombadilho E a saudade vem, e me arrasta para bem longe Batizando a solidão por fartas curvas nebulosas de espumas Açoitadas nos meus miúdos alvitres, não sofro Não vislumbro sensação de vazio Mas, o veloz isolamento para abranger este fim Escrever é preciso, e, falar, é lacônico Das marteladas que sobreavisaram o náutico São castelos doces de infindas memórias para andar. A noite tenebrosa é um bosque subterrâneo Onde a natureza escarpa no casco de pinho Toda a ingenuidade das bebedeiras rebeladas Tragadas, afoitas, arriscadas e medonhas Às vezes, tenho medo do mar sem amar Acenando uma mão que não existe, insiste Os bruscos retalhos partilhados na mente Agora, eu vivo o ano de 1986, no Rio de Janeiro As boas lembranças são capítulos inapagáveis Obviamente, são eras diamantadas que ficaram A terra do mar onde debruço as costelas da meditação Foi naquele ano que recebi a encomenda irrecusável Criar e legitimar a empresa Torion International Ltda Firma de atividade de assessoria e consultoria Apontado pelo nobre amigo e cliente Armando Kfuri Que sempre destinou aos meus singelos préstimos As mais altas atenções nos negócios empresariais Armando Kfuri, um grande economista carioca Um empreendedor dos mais lapidados cristais Homem que Deus sempre os abençoou De poucas palavras, sério, sorridente e observador. Assim, conheci a honradez dum Capitão de Corveta O senhor Fernando Carneiro Magnavita, da reserva Sem acertos de honorários e a vontade de satisfazê-lo Entreguei-os em mãos, a empresa num piscar de olhos Rápido sem ver o tempo como sempre fiz Naquela sala, daquela tarde inesquecível O doutor Fernando Carneiro Magnavita, disse-me: -“Armando me indicou a pessoa certa na hora mais certa” O meu sócio inglês Robert vai admirar seus trabalhos Disse ainda: Estive preocupado com estes documentos E o prazo que avança nessa hora para uma ampla recepção. Está chegando hoje, a convite da Marinha do Brasil O Porta-aviões USS Nimitz (CVN-68) da classe Nimitz Vindos do Oriente Médio ora conturbado E nas águas do Pacífico cruzou com a Marinha brasileira Sobressaindo o convite irrecusável do capitão brasileiro Para que os marinheiros descansasse no Rio de Janeiro E será a minha empresa que prestará todos os serviços Desde as locações de ônibus, hotéis para o Adido Militar Bem como os milhões de lanches com fritas e Coca-Cola Para mais de seis mil homens ancorados no Cais da Pça Mauá Da Av. Rodrigues Alves, Centro - Rio de Janeiro. Ali, fundeados no píer onde milhões de pessoas admiravam Era a monstruosidade do mar, era o gigantesco USS Nimitz Com noventa aviões e helicópteros Ali, conheci cada detalhe do seu interior Fiquei impressionado com o convés de voo Além da amizade e risos dos marinheiros Foram quatro dias gloriosos Eles ansiando aprenderem a língua pátria E eu muito curioso Analisando a rapidez de suas conversas Tudo isso, rendera-me o maior serviço da minha vida Assessorando a empresa Torion, em quatro dias Já partindo para casa na Califórnia Um barco patrulha circulou em volta do gigante Eu fiquei calado e sem atrelar comentários Como também não vou citá-los aqui Depois, avisaram que o Porta-aviões vinha da guerra Não poderia fundear no Cais do Porto da Praça Mauá Por ser um gigante de propulsão nuclear Repleto de armas por todos os seus lugares Além de atrapalhar o tráfego marítimo do Rio de Janeiro. Tal solicitação era pesada e se tornou revel, Ele entrou na baía e ali, ficaram quatro dias calados Contudo, multar ou expulsá-lo, era impossível A joia mais cara da frota americana Zarpava no seu último dia e hora Tudo resolvido. Eu sorria, sorria e sorria Os marinheiros acenando o adeus da partida Este é apenas um pedaço do meu diário de bordo Mitigado nos incontáveis apontamentos da reflexão. Ser um homem do mar é lutar contra si mesmo Ouvir e refutar as invenções da mente Passear no rumo sem distância Indigitar que não somos perfeitos Abraçando as teimosias sacolejadas as águas Cansado, leio todas as mensagens da nina Radares em perfeita sintonia com o tempo real O painel número três, todo automatizado Noto a minha Posição - 08° 05' S, 30° 18' W Há 270 milhas a leste da cidade de Recife Na linda costa leste do Brasil Estou em águas internacionais Visualizo o painel azul dos gráficos com precisão O radar me mostra pontos perigosos e uma embarcação a 60 milhas Luzes verdes e vermelhas, apontam Sou curioso e vou clicar encima Logo, vejo todas as informações da embarcação Fico surpreso com o que vejo: Nossa! É o Rebocador da empresa Camorim Será o Ricardo, filho da poeta “pequena grande diferença” Certa vez, em 2011, eu fiz uma homenagem para ele Exatamente, ele estava no meio do mar E recebeu os versos em seu computador de bordo “Ricardo – O Jovem navegador” http://www.shallkytton.com/visualizar.php?idt=2482334 Vou apenas mandar um alô para o Comandante Não posso desviar a rota, e ancorar atrasado. No alto mar, é uma transformação de vida Sintonia que vira agonia sem alegria Vê-se a beleza do criador e o poder dos céus As ondas dominando o meu horizonte Esquartejam o meu aprisionamento Reduz todas as expressões da face E cai o semblante apenas nas lembranças É madrugada fria e a brisa assobia no peito Da minha cadeira de vídeo game Acesso a Tábua das marés do Porto de Recife É fantástico e me valeu chegar por aqui A carta de Raster nº 902, relatada no painel Diz as condições das alterações do nível das águas São bem propícias para o momento especial Vou fundear à cinco milhas da área portuária Cheguei cedo demais! 1:45 da manhã de segunda-feira, 02 de setembro de 2013 Aguardarei a mansidão das quatro horas da aurora Ótimas condições meteorológicas acentuadas Em especial o vento com direção e intensidade Agora em Recife a briga é dos pacotes turísticos Eu fico em dúvidas, se devo ir ao Bistrô e Boteco Ou se permaneço descansando na cabine Vem à mente o desejo de provar do bolinho de bacalhau Bem no arteiro do coração do Recife Antigo Avivar as minhas pupilas com a Veneza Brasileira Igualmente fiz na cidade italiana – Veneza. Quiçá! Eu daria uma injeção de versos no Capíbaribe Corredor velho que enriqueceu o sertão nas margens Alicerçou no dorso, o ouro verde recoberto de pelejas Criou encafifas entre Olinda e Recife Se houve uma história bem narrada, é Recife e Olinda Disputas açuladas nas pretensões e destempero da inveja Oh Linda! Bela colônia de desaforos nas cercanias Olinda, berço da cultura da humanidade Linda menina Metropolitana do Recife Orgulho do fidalgo português Duarte da Costa Povoado, vila, vilarejo é cidade. É linda Olinda Não cerra e nem descansa as gema, vendo Recife Zangada, certo dia jurou Ser a única e eterna capital do Recife Brotos virgens de esperanças nascentes Moça bonita conquistada num rasteiro olhar E desnudada pelos ricos holandeses Amada por uns dias, queimaram-lhe completamente Ela chorou a dor do atropelamento Implorou no caudal do sofrimento Gemeu noites sem consolo o martírio Até que o povo lusitano compreendeu As aflições de uma dama chamada Olinda Lutaram pela donzela e escorraçaram os holandeses Atualmente, Olinda ainda relembra Argumentando que Recife já estivera debaixo dos seus pés Quem sabe! Um dia se casará com o Recife Antigo. Nos cordões largos das folhas dos canaviais São lâminas ou foram gumes afiados do poder Negociantes de Recife e senhores de engenho em Olinda Frutificavam a Guerra dos Mascates Entre os tendões biográficos relevantes e singulares As trovoadas de contradições, é destampada de ira Sacudia a economia da época tão distante Metrópole e Colônia abriam as algazarras todos os dias Antes mesmo do Príncipe Regente se acoitar no Brasil Falatórios subiam e desciam ladeiras da moça Olinda Triviais de quem não vincula laços harmoniosos Assim dizia a donzela de cabelos longos Sentada na porta do senhor de Engenho: “Bufarinheiro dos corais naufragados de pedras Levanta-te das agonias ao meio-dia Vive às custas de vender nas portas alheias! Mascateando sem vê o dia inteiro Tu não deixas de ser um ambulante desvairado!” No escambo de palavras, Recife disse: “Ei menina feia do corte de cana rasgado! Não vês que eu nasci nas margens do oceano Atlântico E tenho duas padroeiras que me afiançam Eu vou me libertar das tuas garras No futuro, serei a mais bela cidade do nordeste Com arranha-céus e beleza eterna, já possuo Meu porto será o teu único consolo de ajuda Sou e serei a cidade mais linda do nordeste E num passo mágico deste poeta que me descreve Eu serei a cidade mais linda do mundo Tenho o maior e melhor aeroporto do Brasil A mais dinâmica medicina de ponta A melhor Faculdade de Direito do Brasil Digna da arte e artistas contemporâneos E ainda, tenho o melhor poeta pernambucano Ansilgus! Que me defende a qualquer momento Assim, Olinda engoliu a sopa de bacalhau E Recife conquistou a sua majestade Terminando a Guerra dos Mascates. A caravela de frente para a cidade do Recife Terna no silêncio, apenas aprecia, aprecia Eu sentado na cadeira da Ponte de Comando Acordo, e vejo o início do clarear antes do sol Os meus olhos tragados no ilustre panorama Ali, vejo a grande capital de Pernambuco Terra do poeta da arte moderna – Manuel Bandeira Imponente com o flash do azul mar azul Ressalto com o binóculo as águas vibrantes Numa sinfonia equidistante e burilada Lambendo seguidamente as areias brancas Abre-se um desfiladeiro de massas suspensas Obras humanas da sabedoria ora edificadas É a flâmula berrante do sol com três estrelas Altaneira dos suspiros de um lindo arco iris Navegante, brilhante é a Cidade das Pontes Dos carnavais que aparecem nas linhas do horizonte É Recife, Recife que não dorme na antemanhã Bucólica Veneza Brasileira de rios e oceano Beijada nos versos dum singelo poeta maranhense Arrojado como Marco Polo nas ondas sem cabelos Zelo eu sem castelo no duelo e faço este paralelo Nas terras alheias que não são minhas, mas considero Nossa Senhora da Boa Viagem há de sempre guardar Os caminhos dos povos da cidade na prosperidade. A bola amarela coteja e lampeja na caravela Unindo o pretérito e porvindouro advindo Nas cancelas dos portões comungadas na placidez Aciono os refletores conjugados Iço todas as velas, regulando-as Recarrego a cana do leme Posicionadas pelos ventos Eu manobro à direita ao centro do eixo E rumo lentamente ao Porto do Recife Acelero a velocidade e reduzo à entrada do berço Atracando no limite da linha legal Lanço a âncora no fundeador E leio o poema ao poeta Ansilgus. “O dia nasceu e aqui, eu estou Prometi que chegava pelas tábuas das marés Grande bardo da colônia de Portugal Acordas ao veneno doce das minhas letras Ouve tu! O presente que eu construir Na jornada sem marcha cansada Tampadas na foz da água gelada Deitado no lençol azul verde azul Outrora perdido nas bebedeiras salgadas Recebas tu! Ansilgus As galhardias do menino do capoeirão Onde nascem as mais belas palmeiras Verdejantes lá do meu miúdo sertão De Gonçalves Dias, de Caxias do Maranhão Ó Jovem mestre do Jaboatão dos Guararapes Bradador e valente defensor da liberdade oprimida O sol já raiou na parte que cabe na provisão das letras Teus versos de esperanças é o auxílio do homem do agreste Pisoteado nas verduras que jamais abotoaram na seca Expelida na dor e dilaceradas em sofrimentos Assim, são os sentimentos de um poeta Atassalhadas na luz da mente. Ansilgus! Majestoso poeta cordelista Tens o medalhão que implora o nome da justiça Não terás tu mais um desabafo corrido nas linhas Eu posso fazer milhões de letras Quiçá! Apenas uma, poderá ser o bastante Contudo, festejarei nestas paupérrimas expressões Uma distância em ano-luz de felicidades Sem marcas de saudades Por nasceres tu Em todos os teus aniversários Tu suspiras o ar da providência divina Eis aqui, um dos meus presentes. Sonetista Ansilgus! Vejas tu, nas brenhas da caatinga A sabedoria do pássaro jacu Vestido no terno de topete pardo avermelhado Barbela encarnada da cor do tomate Chicoteia em voos rasante das copas Ao simples endereço do chão Não dispara alarme Deslumbra com atenção à sua volta Estuda as posições dos alimentos E arranja suprimento da existência Assim, tu enumera as letras gráficas da literatura Com arrebatamentos mais fantásticos Na integralidade do calor dos sentimentos Inspiração suada da própria alma poética Estimula nas lembranças, evocando lições Costuradas com a as agulhas do pensamento Outrora cadenciadas nas batidas do coração Eleitos efeitos são brasas do nobre escritor Cronista dos modos do cotidiano farto Não reduzidos a qualquer passo das ilusões Escreve pincelando esse universo de cores Patenteado aos sabores do agrado dos leitores Espinhos quebrados nas lavouras das flores Enxugas no pó alastrado os teus rastros vividos. Ó cronista de verdades condoídas do burgo social Sem arrepio ou medo Expõe o que improvisa a meta razão Esmerado nas lamparinas da própria visão Tu escreves com brios e cautela Até se comparando a um navegador Que escuta o vento e diz para onde aspira ir Um grande homem não se mede pelo consumo Nem mesmo plantando jardins de ilusões Nas sementeiras esvaecidas das paixões Entre os casarões perdidos dos costumes O Homem é aquele que detém, retém Na escrita o espírito marcante das entrelinhas Será sempre o sopro da boca que pensa E o assobio de cada linha e letra do alfabeto Lançando o verbo nascente Eis aí, a face do tempo nas tuas estrofes Prosa, verso, crônica e cordéis radiantes Os verbetes da comprida existência, é vida É Ansilgus, o poeta pernambucano Foi por justo motivo que cheguei No Recife Antigo e novíssimo Atravessando a costa brasileira Receba-os de minhas calejadas mãos Os meus sinceros cumprimentos Nesta minguada e destemperada obra Ao grande amigo das letras recifense Ansilgus! O poeta estimado. Ao amigo poeta e escritor brasileiro Ansilgus, Uma obra para eternizar nas bibliotecas do nosso país, Sabe! O verdadeiro sentido de um nobre poeta do sertão pernambucano é nestas letras - Ansilgus Abraços Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=--owR9p6VXY ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 02/09/2013
Alterado em 02/09/2013 Copyright © 2013. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |