Minutos sem os teus sonhos
Não bebo, não beberei da tua água Da tua água, beba ele pirado por ti Não embebedarei da cortina desabrochada Bebe tu no desconsolo do fantasma Se eu bebesse jamais viria o sol O sol, nascer à meia-noite no horto Acabrunhado de lamentações do dia Não embebedarei da cortina desacochada Mas, absorverei o clarão que irá nascer Longe desse amor remarcado de querer Encachaçando na taça anulada da noite passada Era o castiçal borrado de todas as ventanias Deslumbrado na face das agonias Por isso, não bebo, não beberei da tua água Açodada com a angústia afiliada na desunião Cortando o coração partido na taça hostil Que a brisa não mais dobrou o cateto do aforismo Desaguado que tu bebes, e se eu bebesse não viria o sol Por trás das cortinas que encobrem a nudez da tua alma. ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 11/11/2013
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