DIA DA BANDEIRA
Gemeu na taba da trizidela o índio Guanaré, Arriscou na travessia que ardia sem alegria, Notou o menino que ali não tinha mais pajé, Da boa cúpula do auriverde nascia a rebeldia, Rebatiam as palmeiras no vento com pontapé, Açodando as turvas águas do Itapecuru, agia, No galhardete das palmas um canto do caburé, Vigorou no meio da aldeia a ordem de Caxias. Nascia o pequeno gênio da Princesa do Sertão, Alicerçado por milhões de luxuosas palmeiras, Das cores do verde das matas, era o seu coração, Iluminado na fé e ver o orgulho duma bandeira, Agitada pelo hemisfério sul, é do Brasil, é nação, Apronta harmonia dos poderes, seria boa maneira, Rumo novo nos toques do positivismo com ação, Abrolhava em dístico o lema de toda a carreira. Filho de Caxias da terra do poeta Gonçalves Dias, Foi um grande matemático e filósofo por natureza, Raimundo Teixeira Mendes, o autor da Bandeira, Onde se ler “Ordem e Progresso” a vida inteira, E o dia em que ele disse adeus, Caxias lagrimou, No sotaque de um menino Guanaré que gritou, Entre as palmeiras, córregos e riachos, ele lastimou, Até a cidade do Rio de Janeiro nesse triste dia parou. Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=2UQw9rBfv88 ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 18/11/2013
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