Partes de uma afeição
efetivamente, nada restou, nada restará no excesso cominado desse amor que partiu e feriu antes do albor sem dizer na talhada da manhã as cores derivadas do meigo orvalho relâmpago dos ensejos dobrados das sombras de todas as dúvidas que ainda não foram devolvidas e nem tão pouco resolvidas no dia que fugia nas folhagens sensíveis daquele olhar sem cantar as cores do mar eu vou lutar para encontrar um brioso lar acobertado nas finas corolas vermelhas duma famosa nata raríssima do mar somente para me encantar e levar o proveito do meu imenso afeto não veio para ficar e agradar a deusa terá a luminosidade na luz do meu candeeiro fará a minha amêndoa renascer e crescer para ter o imo da doçura que é a musa no semirárido das loucas locuções muito menos justificadas na era remetida ao silêncio profundo na amplitude ora tão restrita enfraquece o meu domicílio coberto de tantos desamores horrores naufragados no ares bares da minha chama que ardia insana bebida do amor sem calor sem sabor dos beijos adormecidos da única versão dita por teus olhos contrários aos fundamentos da vida em seu bem elaborado modo é o seu modo bem elaborado não restou, acabou e desandou não prestou a folha caída na soleira adiantada aos solavancos da paixão não mude, não altere, não transforme a solidão no portão que sai do coração e bate as portas com a brisa seca da flor vai lavando os pingos da tristeza doutrora que vem e me abraça o novo e lindo amor em pedras o que circula pela alma doce quiçá! Amarga nas perpendiculares e que derrama no meigo coração não ventila na rua dos apegos a maravilhosa esperança que chega na afeição da bela diva e a musa Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=MpC8H9v_Gko&hd=1 ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 03/12/2013
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |