Meus lábios tocando os seus lábios
No dia, veio à névoa e beirou o amanhecer Confinou as mágoas em alongadas geleiras A maciez do dia agitou golpes em ternuras Lavou as plumas dos desejos fluorescentes Apurou no ápice dos olhos a doce sensação Aguada no calor dos meus lábios, é afeição Veneração suprindo os tímpanos nos feitios Evidência ocultando a calçada do meu ente Eu sou e serei o astro navegador do dilúculo Açoitando a agonia nos confins dos tempos Sem dobra ou circunferência na reprodução Dos cabimentos que brotam no dia seguinte E que eu seja o entusiasmo na sua essência Somente assim, por seu eu, o único amador Beijar-te-ei em todas as alvoradas das eras Entregar-te-ei a mais bela medalha do amor Sensorial do aconchego, você apetece mais Rende-se nesta completa cobertura amorosa Quando a aurora busca os sonhos dourados Seus doces lábios são beijados suavemente Saboreando a feição da amizade com a face Delibando no gesto amorável o sentimento Dominante sem cessar nas traves do tempo Ela me aspira levemente na ponta dos olhos Risca o riso mergulhado nas minhas gemas Carregado das minhas emoções de namorar Nesse universo flórido de albores no residir Eu fico semeando doçuras na probabilidade De fazer cercanias finitas no sabor do amor Retrato da temporada estacionada no cerne Traduzindo a minha atitude vencedora aqui Eu provo as delícias desse eflúvio amoroso Aguçando novamente a luxuosa antemanhã Encharcando no espectro da vida a emoção Faz a estabilidade densa no ameno coração Eclosão saudável e belicosa na combinação Contentando os elos no arrebol transcorrido Os cabelos negro e flexível voam nas mãos No corolário da extraordinária, é aclamação Frutificando a coalizão imbatível do apreço Que levo e vivo com as toalhas da amizade Enxugando no entorpecer do ocaso o desejo No alcance das cobiças, é achega da mente No emérito das nossas aspirações jubilosas Vem do sulco dos lábios o exórdio primaz Junção perfilhada no romantismo folgazão E sai balanceando no atilamento das auras Na imersão sentimentalizada da acedência Será sempre a fissura da admissão da alma Galopando o sopro admissível dos amores Sentinela adorada e prestigiada é seu olhar Evocando as minhas ausências no seu Ero De que o amor é a espada azul das orações E o consumo dos beijos na enseada do afeto Eu sentir e notei a gostosura do amadorismo Ingressando no aroma das flores dos lábios Brando, afável na conjunção da culminância Ajoelhada nos tons que guarnece a galáxia Meu amor! Única materialização amorável Surgindo com toque nos lábios a querência Argumento dirigido com excelente acepção Norteia o recinto físico das intensas flamas Diagnosticando no varal desmedida afeição Inovações futuristas no vendaval da ternura Baques implacáveis dos minutos que caem Somas de desvelos acaudilhados nos beijos É mais uma alva suprimindo o nosso anseio. I É com alegria que recebo o ilustrado soneto do nobre poeta Jacó Filho, e desde já agradeço. A TANTA PAIXÃO
A paixão traz da terra, os elementos, Com fogo brando mantendo desejos; Espargindo no ar o aroma de beijos, E n’agua dos olhos, contentamentos. Sublima como reza, tal esfera de luz, Criada n’alma, com amor verdadeiro. E adentra o mar, sendo nosso veleiro, Que por sua conta, ao céu se conduz. Viajamos um sonho de puro encanto, Rumo ao crepúsculo que nos provoca, E os sons de sinfonias que o céu toca. Vivendo esse amor sem saber o tanto, Resgatamos afetos pela vida em volta, E pra viver o amor, a paixão nos solta. ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 29/07/2017
Alterado em 30/07/2017 Copyright © 2017. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |