GARÇA-BRANCA–PEQUENA – ÚLTIMA GERAÇÃO
A garça-branca-pequena observa o lago, No fim da invernada no meio do sertão, Com suas penas brancas observa o flash, No igarapé, ali pousa a deusa solitária. Com maestria enfeita o tempo com plumas, Serena beleza do fim do grande inverno, A garça-branca-pequena mergulha na água, Sozinha voa, sem ninho, e por ali adormece. Um homem surge com uma espingarda, Mira, fazendo pontaria, nasce um conflito, Uma máquina fotográfica e o caçador, A garça olhou a disputa, e não voou. Venceu o flash da máquina em versos, Salvaguardando a minha garça-branca, Única filha do sertão em plena extinção, O caçador contrito, de lá não mais voltou. A garça vai pescar: Carás, piabas e girinos, É o seu paraíso a terra da Sambaída, A minha garça pequena é uma pérola, Vestida de branco parece uma donzela. ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 17/09/2007
Alterado em 04/10/2011 Copyright © 2007. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |