CONTABILIDADE DO AMOR
Eis o balanço indiviso do nosso amor, Plantada, somada em reais e pessoais, Circulante analítico no teu pensamento, Creditando a minhas rendas materiais. Saiba que o bem é o nosso maior Afeto, Não será passivo desta demonstração, Exigível sem qualquer pagamento, Em operações vinculadas atípicas. Se houver uma dinâmica patrimonial, Vencerá o meu amor nos teus olhos, Uma composição de Ativos em versos, Sem negócio e sem outras operações. Por isso disponibilizo este meu ativo, A longo prazo por toda a tua boa vida, Em valores imateriais, é o que é preciso, Tenhas certeza! Não haverá títulos a pagar. Saiba que o bem é o nosso maior afeto, Que faz circulante em todo o exercício, Vejo que não há passivo não exigível, Enquanto durar as provisões desse amor. Não farei compensação desse ativo diferido, Tenhas certezas que no teu real passivo, Só haverá meiguice em lucros acumulados, Desarticulando, Oxalá! Quaisquer prejuízos. Meu Amor! Verás que o nosso diário, Não, não terá despesas antecipadas, E muito menos custos atribuídos, Não será lançamento pra uma razão. Assim mesmo vou escriturar o teu nome, Nas linhas do crédito, terás o meu coração, Outorgando amores sem demonstrações, Com exercício social de milhões de beijos. ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 30/09/2007
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