JOVENS BRASILEIROS
No Brasil, o mercado de trabalho é grande, Importante força de progresso, Alarmante é a participação de crianças. Que laboram pelo meu Brasil, Crianças que deveriam estudar, E ser o futuro promissor. Mão de obra sem venturas, Desprotegidos e sem alimentação, Trabalham para não morrerem de fome. Pobres juvenis e minúsculos guerreiros, Moços, mancebos escravizados, Inqualificáveis e sem direitos. População insignificante e indefesa, Com máculas no corpo, Cicatrizes na personalidade, Durante o trabalho prematuro. Rendimentos familiares insuficientes, É a peleja desses menores, Deslocando-se da zona rural, E na cidade não há emprego. Percebem salários de miséria, Salário da fome e da escravidão, Mão de obra infante juvenil. Menores marginalizados, Laborando como boias-frias, Catadores de papéis nas avenidas, Vendedores de balas nos sinais. Guardadores e lavadores de carros, Pequenos engraxates nas praças, Vendedores de frutas nas calçadas, Meninos jornaleiros correndo. Dão conta do recado e fazem crescer, O trabalho juvenil no Brasil, Crianças analfabetas no milênio, Assim, é a força de trabalho, Amanhecendo nas avenidas, Na idade precoce, e sem amanhã, A polícia chega, correm apressados, Com tabuleiros nas mãos. Os comerciantes expelem, Eles não pagam impostos, Tumultuam o centro da cidade, Maltrapilhos e desamparados. Sem anotação da carteira, Sem seguro desemprego, Com direitos a reclamar, Eles acham que lá não dá. Homens pequeníssimos, De mãos calejadas e frágeis, Rasgando as mãos no árduo trabalho. Crianças que dão o duro no amanhecer, Trabalham para não morrer de fome, Na negreja martirizada dos nossos olhos. ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 12/11/2005
Alterado em 15/03/2013 Copyright © 2005. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |