André e Pedro – Os meninos da Amazônia
Naquele dia, 20 de março de 2022, Samuel e sua mulher Marilda, vinham da floresta com o filho de 5 anos, chamado Andé. Marilfa estava com uma barriga grande, à espera do filho que iria nascer. Em um dado momento, Samuel disse:
- Mulher, eu vou mesmo para a cidade, aqui não tem nada para mim. Lá... Pelo menos tenho escola, colégio, emprego, trabalho e casa para morar. Aqui no tem nada, só água e mato.
-Marido, tu vai se quiser me deixar. E desssa água e mato é que vivevemos, Nada posso fazer para desviar seus pensamentos. Há muito tempo você vem tentado me deixar aqui. Não tem nada, eu vivo aqui, do mesmo jeito.
-Mulher, qando eu estiver nem eu mando buscar vocês.
De repente, quando eles olharam para a casa deles. O rio estava carregando todos os pertences, inlusive as panelas de alumínio.
André, ainda gritou o nome de seu pai, porém foi inútil naquele momento. Com as horas passando, eles construíram uma casinha de buriti perto do rio, e ali passaram a noite.
Durante toda a madrugada, os animais mais ferozes da selva, estavam prestando solidariedade aos novos morderes ali presentes.
Marilda sente dores, e fala:
-Valei-me São Francisco de Assis, ajudai-me. Valei-me minha mãe, Nossa Senhor das Graças. Ajudai-me!
Naquele momento, André chegou da floresta com um tatu, e disse;
-O que aconteceu minha mãe. Ó sempre virgem Maria, ajudai-me!
Sim, muita espera. Ela pediu ao filho dissendo;
-André, chama comadre Benedita e diz que estou sentindo dores de parto.Chame urgente
A ouvir os apelos, André saiu correndo, e mergulhou nas águas barrentas do rio, nadando em direção à casa de Benetida na vila, quase oito quilometros por terra firme, e três quilomêtros à nado.
Cansado de nadar, o menino deitou no leito de um troco de pau que descia em velocidade, e ali descansou. Ao chegar à vila, ele gritou o nome de Benetida.
-Uma voz lá de dentro respondeu.
-Sou eu meu filho. O que foi?
-Minha mãe está sentindo dores. Ela pde sua ajuda. Vá logo salvar miha mãe.
A velha pegou um barco, e o menino pulou dentro e rumaram em direção onde Marilda ficava. Ao chegar naquele recinto, Marilda olhava o menino chorando. E perguntava os motivos.
-Porque chora tanto, meu filho?
-Não se preocupe. Nossa mãe nos ajudou.
Sem muitas perguntas Dona Benedita pergunta o nome do menino.
-O nome do menino?
-É Pedro.
Dona Benedita procurou pelos preparativos do menino e não viu nada. De repente, chegava com um monte de panos, o André.
Sem sombras de dúvidas, André foi buscar as roupas que estavam na mata e nas margens do rio. Todas estavam lavadas e gomadas nas águas amarelas daquele rio.
Benedita ainda pergunta:
E seu pai está aonde?
- Meu pai, foi embora para ganhar salário e dinheiro Aqui a senhora sabe, é só mato e água, nossa única riqueza. Não temos outra não. Dona Benedita, quando eu crescer eu vou lhe pagar tudo.
A senhora com dó, disse:
-Não meu filho. Não será preciso pagar. Tudo com amor estão pago. Quando eu cheguei aqui, o menino já havia nascido. E encontrei todas as feras aqui presente no nascimento do menino. São Francisco é poderoso. Muito poderoso.
Após encerrar os preparativos do menino. Benedita põe eles dois para dormirem, e diz sozinha.
-Agora acabei de acreditar em São Francisco de Assis. Eu nunca vi o que estou vendo hoje. Um milagre de Deus. Como pode um menino nascer sozinho, tão pobre e sem um tostão. Como pode? Somente Deus para expicar isso tudo.
Os dois começam a dormir, e dona Benedita recebe os panos da mão de André e reza um terço em homenagem a Virgem Maria e São Francisco. Em poucos minutos, Benedita vai embora em sua barca a vapor. E diza André que quinta feira fará uma visita.
Pedro com 4 (quatro) anos de idade, já nadava igual a um peixe, e todo o rio solimõe já conhecia o menino nadado. Certo dia, André encontrou um tronco groso na água. E tratou de levar para sua casa. Durante a semana, André fazia uma barca, cavando o interior da madeira, até que ficou pronta. E disse para a sua mãe.
-Mae, agora vou navegar com os barcos grandes e vender nossos produtos para os navegantes.
-Beleza meu filho. Muito bom isso.
No outro dia bem cedo, André e Pedro foram pegar assai, cajú e banana para vender no barco. Levaram uma quantidade razoável de alimentos da selva. O menino gritou para o piloto parar a embarcação.
Atendendo o pedido, o barco parou, E André e Pedro subiram no barco com as frutas e venderam todas e deram ao piloto.Um navegante lhe avisou.
-Crianças? Vocês não tem medo de entrar no vão do barco.? Tenham cuidado, por favor.
-Ei moço, nós faz isso por que não temos pai. Nosso pai foi embora. Nós ficamos aqui por não ter ninguem por nós. A nossa vida é a flresta e o rio. O Amazônas é tudo para nós. Meu irmão tem marcas de balas nos pés, brigando com um ladrão de ouro. Os índios nos respeitam e nós respeita índio. Mas o homem branco não respeita ninguém.
Logo, indagaram ao piloto quando este estava de volta. Ele respondeu que não sabia.
Com tres semanas, André e Pedro vão ao encontro do barco de passageiros.
André gritou ao piloto para parar. O piloto parou, enquanto os meninos veendim as frutas, Zé Frango, empurravam os meninos para a água, acusando de mercenários e ladrões.
Ao chegarem m casa sem nada nas mãos, sua mãe perguntou o que havia acontecido. André disse tudo para sua mãe. -Mãe, eles tomaram tudo o que é nosso, e me chamou de mercenário e ladrão. O piloto nada fez por mim. Apénas ficou sorrindo.
Mãe, amanhã eu vou. Talvez eu pegue outro barco de navegantes e ganhe mais dinheiro.
Na manha, um outro barco vinha traçando as águas. E de repente, Pedro diz. Ai vem um barco. Gritou ao piloto para para o barco parasse.
O barco não parou, um homem apareceu e atirou no menino. Uma senhora dise nervosa, pedindo para não atirar. -Moço, pelo amor de Deus. Não atire nas crianças. Não atire.
o homem sorrindo disse.
-São todos ladrões, o pai fica escondido e colocaos filhos como ladrões.
André megulhou e não voltou mais, O pequeno Pedro ficou chorando no barco e pedindo ajuda que nunca chegou..
Uma mulher bem vestida, entrou no rio e pegou pelo braço do menino André, levando por cima da água e desapareceu.. Ao amanhecer, Pedro estava numa casa da cidade falando com sua mãe, e disse o que viu.
A mãe do menino André, vestiu-se de preto e entrou nas águas gritando por seu filho.
-Meu filho onde está? André, sua mãe! Venha!
Gritou põe várias horas, e suas lágrimas caiam na água barrenta do Rio Solimões. Naquele dia, nunca mais as águas do rio Solimõe se juntou com as águas do Rio Negro. Andavam quilomêtros equilomêtro em duas cores preto e amarelo, desaguandoo-se apenas no Rio Amzônas.
ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 07/09/2022
Alterado em 09/09/2022 Copyright © 2022. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |