UM ADEUS MALTRATADO
Eu não aceito o teu adeus, Que me humilha, E tentar me fracassar, Pisoteia os sentimentos, Que ruge e maltrata, Despedida ingrata, Não é pra mim, Rescisão de amor unilateral. Eu não aceito o teu adeus, Porque vais me deixar, Com tantas ingratidões, Lavadas ao cabo do vale da perdição. Que diante dos teus olhos, Sempre fui o teu medalhão, Folheado de prazer, Por tuas pupilas esmeraldinas, Saiba que um amor, Não se desfaz assim, Como uma lama que se pisa, Forasteiro? Eu nunca fui. Escravo? Nunca me sentir. Iludido? Estou sendo por ti. Que rasgastes minha face, Em diminuto, O meu querer, Por isso mesmo, Eu não aceito o teu adeus. Da forma abrutalhada Desumana e sem calor. Com palavras desnorteadas, Que fere minha personalidade, O meu corpo que já esteve, Muito e muito dentro de ti. Outro amor eu vou encontrar, Lindos beijos vão me agarrar, Amaciando minha voz. E o teu adeus de nada serve, Espero um adeus decente, Educado e formal. Adeus, que tenta reduzir o meu ser, Esfregando a minha imagem, Distorcendo o meu sorriso, Que parece sem valia, Esse é o distrato que me destes? Do homem que tanto te amou, Que tanto te adornou, E te fez mulher, Nos sentidos de quatro paredes, Não aceito o teu adeus, Da forma injusta e desagradável, Deixar-me-ei partir, Sem magoas e bons amigos, Deixes escorregar o teu suor no meu peito, Não quero ouvir os teus apelos, Os teus gritos de desprazer. Por isso, Não aceito o teu adeus, Sem razão pra me dar, Amor sem provas, De altas emoções contagiantes, Eu quero ainda, Grudar a minha pele na tua, Do pedido de socorro, Gemendo!, gritando!, gemendo! Suspirando e falando, Deixando voar o prazer. Por isso mesmo, Não aceito o teu adeus, Mesmo provando do teu orvalho, Encrespado na escuridão do teu corpo, No decorrer do dia, Nas malhas da melancolia. O teu culto de memórias, Reflete que pouco aprendeu, As lições de amor, Que somente eu te amei. (D.R.A) ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 06/12/2005
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