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Juliana Marins e Agam Rinjani – Na boca do vulcão
Natural do Rio de Janeiro, Juliana Marins era natural do Rio de Janeiro e residia em Niterói, na Região Metropolitana. Formada em publicidade e propaganda pela UFRJ e atuava como dançarina de pole dance, além de ser uma alpinista e mochileira. E por desejar novos rumos no seu profissionalismo, Juliana realizava seus sonhos carregando o mochilão, pois a mesma já havia feito trilhas nos países tais como: a Tailândia, Vietnâ e Filipinas. Compartilhando com seus seguidores nas redes sociais, as variadas experiências habitadas entre fotos e vídeo com paisagens e trilhas.
Juliana escrevia aos seguidores o seguinte:
-“Saí do Brasil sozinha para viver esse mochilão. Tô vivendo devagar e sem muitos planos. Improvisando e deixando a vida acontecer”.
O Rinjani é um vulcão ativo na ilha de Lombok, na Indonésia com 3,726 metros de altitude, sendo o segundo vulcão mais alto do país e grandioso no trato de turismo nas trilhas da montanha.. É um extratovulcão que teve erupção em 2004, ficando dormente até 2009, quando suas atividades voltaram a crescer, inclusive até 25 de junho de 2025, ele solta bastante fumaça. Sabe-se que a sua erupção mais recente foi em 2016. Ocorrendo no topo ou cume do vulcão, se encontra uma caldeira de 6 por 8,5 km, ocupada pelo lago Segara Anak. Este lago de cratera de cor azul na caldeira tem atraído muitos turistas ao mundo asiático e seu nome significa “Filho do Mar”. Algumas pessoas tem falado que o vulcão é um espírito da natureza, e tende a comer pessoas humanas em seus rituais.
No dia 21 de abril de 2025, Juliana Marins, na subida à noite da trilha para o cume do vulcão, após ter pedido para descansar ao Guia. Ela descansou por um certo tempo, vez que se encontrava cansada. Sem sombras de dúvidas, Juliana Marins se desesperou em não ter seus óculos em mãos, já que o vento forte com mais de 80 graus havia levado seus óculos. Por outro lado, Juliana era míope e não poderia ver. E por não ver o seu Guia, e seguindo a trilha, a mesma tropeçou na lateral da trilha onde havia areia e pedras soltas. Caindo entre as rochas soltas ou cinzas vulcânicas, em um lugar fundo de em um desfiladeiro íngreme e parecendo com uma areia movediça onde se encontrava a 300 metros. Apesar de ter ficado dias presa em uma encosta de difícil acesso antes de ser resgatada. O Guia da brasileira Juliana viu o brilho da lanterna acessa, bem como ouviu os apelos de socorro:
-Socorro! Socorro! Me salve!
O Guia, nervoso disse:
- Espere! Não se mexa! Eu vou atrás de socorro.
Na manhã do dia 22 de junho, um drone de turistas localizaram Juliana Marins. Porém, o aparelho não levou água, oxigênio ou comida, apenas recados. Foi naquele buraco em que Juliana Marins perdeu a vida, acometida de várias dores no corpo, o seu corpo foi perdendo forças. Apesar das rajadas de gás, Juliana não resistiu onde não havia oxigênio, além da fome que se alastrava.
Um jovem, da cidade de Makassar, chamado de Agam Rinjani, montanhista, e guia, nascido em Makassar, na Indonésia. Agam Rinjani ficou sabendo do acidente da brasileira e falou com alguns amigos socorristas que iria buscar a brasileira, e pediu aos amigos que arranjassem cordas com aproximadamente 1500 metros, informando que aquele local é de muito risco. Agam Rinjani, é um socorrista desempregado, montanhista e guia de turistas, não sendo bombeiro e nem empregado do governo. Metendo a mão no bolso, conferiu e comprou uma passagem para a Ilha de Lombak. Ao se encontrar com os amigos, foi informado que aquele local era muito perigoso e de difícil acesso para Agam Rinjani içar um corpo. -Vocês me descem até o local e eu aviso das condições. Não importa o que acontecer comigo. Afinal, eu vou salvar uma vida. Preciso descer e trazer ela viva comigo.
Um Socorrista falou:
-Você está colocando a nossa vida em risco.
-Desçam a corda, eu vou agora buscar a moça brasileira.
Além de Agam Rinjani, estavam lhe acompanhando os voluntários socorristas Dwi Januanto e os Guias Syamsul Padhli com larga experiência na Ilha de Lombak. Agam Rinjani disse que a brasileira Juliana Marins, ficou bastante debilitada e sem condições de locomoção. O resgate teve várias complicações como neblina e frio abaixo de zero. Agam Rinjani, ao chegar próximo da brasileira, ele observou que a mesma havia morrido.
À noite rapidamente chegou naquele lugar ermo, e Agam Rinjani, dormiu próximo ao corpo, segurando a brasileira para que a mesma não descesse mais. E assim, Agam Rinjani esperou o dia amanhecer para preparar o corpo e levar para fora do vulcão. Arriscou a sua própria vida para salvar a vida da brasileira Juliana Marins. Através das fotos e vídeos podia se ver Agam Rinjani trazendo o corpo da brasileira pela cratera do vulcão Ranjini. Com os olhos vermelhos, Agam Rinjani relutava em dizer que fora buscar ela viva e não morta. E que fez de tudo para que ela vivesse. Mas as condições do socorrista foram pequenas, caindo em lágrimas. Sem nunca ter visto Juliana Marins, ele havia informado que iria salvar sua vida.
Que Deus abençoe sua vida, grande alpinista brasileira Juliana Marins.
ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 27/06/2025
Alterado em 29/06/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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