DESCOMPASSO DO TEMPO
Estou confuso, Não consigo pensar, Acho que tristeza mata, Por não te encontrar, Procuro ficar alegre, Transparece um mero sorriso, Não consigo, Quando vejo semiaberta, A janela do teu quarto, Relendo a minha poesia, Deixada nas altas madrugadas, Perdoe-me pelas esperanças, Atordoadas pelo meu tempo, Estando no escritório, Ou até mesmo em audiência, O descontrole é imenso, As horas não passam, O tempo é preguiçoso, Nos ponteiros do meu relógio, Passo as páginas do processo, E só vejo você na minha mente, Minha ambição é completar, Àquele grande encontro, Que por causa de uma audiência, Transformou intempestivo e influente, Vou acertar desta vez o teu pedido, Nem que faça sol ou chuva, Vou adiar qualquer audiência, Vou deixar para trás qualquer intruso, O importante neste dia, É o nosso encontro sem nostalgia, Não importa as horas, Vou correndo ao teu chamamento, Matar as aspirações arraigadas, Dentre nós será um firmamento. Caxias(02/04/1989) ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 13/12/2005
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