ELESBÃO VELOSO – NÃO TE PREOCUPES, A NINA É MINHA
Ainda vai amanhecer o meu dia, Verdejante entre as duas margens, No mediano do teu riacho Coroatá, Naufragando olhares sem aragens. Desfrutando na Churrascaria GigaByte, Olhando o teu acesso “point” jovem, Fruto dessa simpatia que me adormece, Não será tardia ainda com a minha prece. Espero-te mesmo sem um lugar pra ficar, Nem que seja na barragem Mesa de Pedra, Ainda, eu posso dizer que ainda te amo, Sinto o frio da noite e a chuva, e não reclamo. Sairei pelo bairro Santa Clara a procurar, Eu sei que ainda vai amanhecer o meu dia, Haverá tempo e tantas horas pra te abraçar, E dizer nos teus olhos que és minha alegria. Saiba, ainda vai amanhecer o meu dia, Estou aqui no fundo do Estádio Nogueirão, Debaixo deste pé de tamboril, árvore centenária, Único abrigo em que me deleito o coração. Uma viagem tão curta como o céu e a terra, Que sempre, sempre vejo na mesma distância, Se eu não te encontrar, vou gritar o teu nome, E todos os elesbonenses, sem exceção, daqui ouvirão. Vou deixar as marcas vibrantes dos pneus, No centro da praça da padroeira Santa Terezinha, Erguendo a lateral do auto, farei um grande coração, Na “Terra do Bode”, eu sou o teu, somente o teu galardão. E verás que na tua cidade de Elesbão Veloso, Deixarei minhas marcas próximo à Igreja Matriz, Simbologia do meu grande amor por ti, Eu, somente eu, farei no centro um coração, Entre bairros, avenidas, ruas, travessas e becos, Eu vou te procurar até te encontrar, minha Nina, Levando o meu sorriso no cavalgar desta lição, Remando na imaginação a tua bela feição. Se não vieres, gritarei a Elesbão Veloso, Que me traga esta mujer esteja onde estiver, Pra receber o presente vindo do Maranhão, Um louco poeta que faz um outro Elesbão. Vou acordar todos os teus bairros e localidades, Eu sei que não, não será fácil encontrar o teu cheiro, Nesta cidade silenciosa que dorme sem me ver, É preciso tudo isto até mesmo um balancê. De Caraíbas, Capim Pubo e Canto da Serra, Mostrar-lhe-ei que venho do meu Maranhão, E não haverá previsão de retorno sem a mina, Enquanto não ver o teu riso nos meus lábios. Se não vieres, eu gritarei a Elesbão Veloso, Que me traga esta mujer esteja aonde estiver, Elesbão! Elesbão! Elesbão, meu velho irmão, Entrega-me a tua filha que eu te dou uma canção. Não adianta esconder a mina na escuridão, Ainda vai amanhecer o meu dia no sábado de aleluia, Verdejante entre as duas margens do riacho Coroatá, Quero o beijo dela nem que seja pra me animar. Não te preocupe cidadela da terra do Piauí, Eu já estive no pico do Aconcágua, Voei em versos brancos até o Himalaia, Sou forte e teimoso, e sou filho de Guanaré. Não adianta esconder a mina na escuridão, Abras a tua porta e recebas com toda dedicação, Já subi na Torre Eiffel e já declamei versos, Em toda a “Cidade Luz” perante o rio Sena. Se quiseres saber quem eu sou, pergunte a Bonaparte, Ele, juntamente com todos os franceses, me aplaudiram, Ouvindo o poeta caxiense no topo dos Champs Élysées, Às setes da manhã no Arc de Tromple de I’Étoile. Ó Elesbão Veloso! Se estiverdes a olvidar o meu nome, Pergunte a Nicolas Sarkozy, será a persona mais certa, O meu advogado, político e grande Presidente, Por isso, eu lhe peço! Entregas logo a minha Nina. Por isso, não duvides do que sou capaz de fazer, Ainda bem que vai amanhecer o meu belo dia, Verdejante entre as duas margens do riacho Coroatá, Entregues logo a musa nesta abençoada praça, sem raça. Se ela não vier, eu gritarei o teu nome: Elesbão Veloso! Que me traga esta mujer esteja aonde estiver, Elesbão! Elesbão! Elesbão ouça a minha aclamação! Ou per fas et per nefas, levarei a deusa no coração. Elesbão Veloso! Per actum caritatis! Deixe a Nina vir! Não te arrependerás, ainda vai amanhecer o meu dia, Logo, tão verdejante entre as duas beiras do riacho Coroatá, Os Mouros estão calados, nada vêem nesta primazia. Não adianta esconder a minha Nina na penumbra, Os meus olhos perfuram até o abstrato, E vão até o além do infinito imaginário, Dai-me a minha e tão sonhada Turquesa! Suplico! Antes de amanhecer o dia! Do centro da cidade até o Canto da Serra, Mostrar-lhe-ei que venho do meu Maranhão, Não sou da “Terra do Bode”, sou da Princesa do Sertão. Cabra valente que não espera nenhuma adoção, Se a Nina não vier sem a tua permissão, eu vou levar, E logo ficarás para sempre sem o teu único medalhão, Ela é minha musa, estrela do meu eterno cósmico. Flor que lampeja nas línguas do sol ardente, Lua que me guarda no frio em todas as estações, Nina, é todo o dia que me completa em poesia, E à noite, ela brilha no meu corpo com primazia. Eu sou de Caxias da terra do Gonçalves Dias, Não o farei como o meu poeta maior, Em versos amargos da vida escreveu, “Ainda Uma Vez – Adeus” a Ana Amélia, Uma verdadeira história sentimental de amor. Não, não o farei isso, eu vou mesmo é carregar, Nem mesmo tu, Elesbão Veloso vai me separar, Do beijo forte nas margens do teu riacho Coroatá, Por isso, eu digo: Ainda vai amanhecer o meu dia. Elesbão Veloso! Suplico! Antes de amanhecer o dia! Entregues a moça, deixe-me ela comigo e ficas tu feliz, Tu verás o riacho clamar o meu nome em tuas bordas, Dizendo que amo a tua filha com gigantesca definição. Se ela não vier, eu gritarei o teu nome: Elesbão Veloso! Que me traga esta mujer, esteja onde estiver, Elesbão! Elesbão! Elesbão ouça a minha aclamação! Ou per fas et per nefas, levarei a deusa no coração. Se ela não vier, eu gritarei o teu nome: Elesbão Veloso! Traga logo a minha Nina, esteja ela onde estiver, Elesbão! Elesbão! Elesbão ouça a minha aclamação! Ou per fas et per nefas, levarei a deusa no coração. ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 23/03/2008
Alterado em 25/03/2008 Copyright © 2008. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |