AMOR! EU VOU DESLEMBRAR
Eu, eu não sonhei sozinho, Não busquei água no deserto, E tão pouco abrir estradas nos vales, Onde não pudesse lhe dizer que fui sincero. Amei-te conforme manda a lei do amor, Entregando em tuas portas, canduras, Esfregando no teu íntimo doce instantes, Naufragáveis nesse errôneo adeus. Não justifica o simples abandono, Afastando de mim todas as feições, Realçadas por um beijo amargo, Frustrado na essência da despedida. Diga-me como eu fui capaz de ofender? Do amor impossível da larga perdição, Ou das palavras ditas que fazem entristecer, Alongando sem nenhum abraço, e passo... Na virada dessas trilhas a minha dor, Que os meus olhos são fiéis testemunhas, Depositado na conta corrente do amor, Que fizestes consternar e ferir sem manhas. Tudo há de durar quando se constrói, Mesmo com o sacrifício, eu... Eu te amei, Dos acabados momentos que jamais neguei, Os belos sonhos realizados nesse desastre. Acoplados de uma cumplicidade ilusória, Marginados em cada página dos dias, Realizados e prontificados no teu pensar, Sem razão envergada, eu vou perder o amor. Somente assim, sairei da tua vida, Carregando a mala de recordações, Por onde o sol nas tardes se esconde, Acoplados de uma cumplicidade ilusória, Eu sei que em todos os dias no anoitecer, Vai se deteriorando dos teus olhos a paixão, E tu, não terás mais a claridade pra me ver, Refugiando na praça da minha saudade, comoção. Nas noites em que a atua alma estiver tão só, Poderás observar nas noites estreladas, A minha trajetória num feixe de luzes, Atrelada com outra estrela rainha. Que dá vida e faz eu te esquecer. ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 27/03/2008
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